Inflação impacta mais as famílias de baixa renda, diz Ipea sobre dados de janeiro deste ano

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No mês de janeiro de 2024, a inflação diminuiu para as famílias de renda alta e média, mas avançou para àquelas de baixa renda. As maiores altas inflacionárias foram registradas nos segmentos de renda muito baixa, cerca de (0,66%), e baixa (0,59%), segundo dados divulgados na última segunda-feira (19), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

De acordo com o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, os segmentos de renda alta tiveram a menor variação com (0,04%) no mesmo período. O Ipea também aponta que o peso do custo de vida para os lares mais “pobres” têm relação com a alta nos preços dos alimentos, pois, o orçamento com o gasto de alimentos é bem maior para as famílias mais carentes, em comparação aos dados observados no segmento de renda mais alta.

A Inflação impacta mais as famílias de baixa renda, segundo Instituto de Pesquisa Econômica /Foto: Freepik

Conforme as informações do Ipea, em janeiro, o principal ponto inflacionário paras classes de rendas mais baixas veio do grupo de alimentos e bebidas, assim refletindo a alta dos preços dos alimentos nos lares, especialmente dos cereais (6,8), dos tubérculos (11,1%), das frutas (5,1%) e dos óleos e gorduras (2,1%).

Os domicílios mais abastados contaram com outra contribuição para sentirem em menor escala os efeitos da inflação. A queda em 15,2% dos preços das passagens áreas e de 10,2% das tarifas de transporte por aplicativo.

Por outro lado, em relação aos últimos doze meses, os resultados de janeiro ficaram na contra mão pois o acúmulo dos meses, no período analisado, mostrou em alta as famílias de renda média com (4,65%), média alta (4,93%) e alta (5,7%), que sentiram a inflação maior que a média nacional (4,51%).

Segundo o indicador, as maiores pressões inflacionárias nos últimos doze meses foram nos grupos de transporte, cuidados pessoais, saúde, e habitação, impactados pelos reajustes de 25,5% das passagens áreas, de gasolina 10,8%, de 6,2% dos produtos farmacêuticos, de 5,6% dos produtos de higiene, de 11% dos planos de saúde e 8,6% da energia elétrica.

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Aline Rocha

Aline Rocha

Aline Rocha é Graduada em Licenciatura em Linguagens e Códigos- Língua Portuguesa, pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduada em Linguagens, Suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho pela Universidade Federal do Piauí. É integrante do grupo de pesquisas: GEPEFop LAPESB- Laboratório de pesquisa Pierre Bourdieu: Análise sobre a prática pedagógica.Atuou como bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), na qual ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 6º ano e 9º ano, tanto na modalidade regular como na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Entre 2018 a 2020. Atuou como bolsista Capes no Programa Residência Pedagógica, em que ministrou aulas de Língua Portuguesa nas turmas do 9º ano, 1º ano e 3º ano do Ensino Médio, entre 2020 a 2022. Atuou como monitora voluntária na disciplina de Linguística Textual, na turma 2018, do curso de Linguagens e Códigos-Língua portuguesa, na Universidade Federal do Maranhão. Atualmente é Professora da Educação Básica e pesquisadora Antirracista.

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