A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a última escola a lançar seu enredo ”Pede caju que dou… Pé de caju que dá “, e em seu desfile na segunda-feira (12), a agremiação levará para a Sapucaí não só a fruta, mas toda a história que ela possui. O Notícia Preta conversou com o carnavalesco Marcus Ferreira, para saber mais detalhes sobre o desfile.
“O maior desafio de contar a história do caju, é fazer o brasileiro entender a necessidade de conhecermos aspectos verdadeiros de nossa terra, muitas vezes desconhecidos por nós mesmos. O caju faz parte da história brasileira e viu nosso país nascer, nosso povo se originar desde a relação do fruto com nossos antepassados originários”, declara ele.
A fruta vem do cajueiro, árvore nativa da região litorânea do nordeste brasileiro. A história da fruta passará tanto pelos povos originários, quanto as várias formas que o caju pode aparecer. Marcus promete um desfile com alegria e a subversão de um fruto que tanto representa a alma do brasileiro.
“O reencontro com a nossa identidade, a brasilidade que permeou a história de carnavais memoráveis da Mocidade. O que se pode esperar é que apresentaremos um desfile sensorial, provocativo de sensações que o fruto nos fornece: tato, textura, paladar, olfato” disse ele o carnavalesco.
Com um samba fácil de gravar, com trocadilhos e ritmo dançante, a música foi a mais escutada no Rio de Janeiro durante o réveillon, segundo o Spotify. O carnavalesco contou sobre como foi o processo criativo do que será levado para a Sapucaí, e da escolha do tema.
“O processo se deu através do olhar a fruta que está presente no nosso dia a dia, e que nós mesmos não percebemos. O enredo surge numa dessas conversas com um desses personagens que ganham a vida com o caju. Um vendedor de castanhas que me aguçou histórias que eu desconhecia”, explica.
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