Peixes mortos foram encontrados na manhã desta terça-feira (09), às margens da Lagoa Mundaú, em Maceió, no lado oposto onde se rompeu a mina de sal gema da Braskem, em dezembro do ano passado. De acordo com relato de pescadores, esta é a segunda vez que peixes aparecem mortos no local, em uma semana.
Ainda não há comprovação de que o rompimento da mina possa ter relação com as mortes dos peixes. O Instituto do Meio Ambiente (IMA) do Estado de Alagoas coletou amostras para analisar a causa da morte dos peixes.
Em entrevista ao G1, um pescador afirma que acredita que os peixes vem da parte interditada da lagoa, onde houve rompimento das minas. “Dia 28 e 29 [de dezembro] eu vi esses peixes mortos na lagoa também, desde esse tempo que as mortes vêm acontecendo e ninguém faz nada, ninguém se importa”, disse Kledrson Jorge ao G1, pescador que gravou os vídeos.
Em um vídeo que circula na internet, pescadores mostram que há peixes mortos tanto na margem quanto dentro da lagoa. Em certo momento da gravação, é possível ouvir o pescador dizendo: “São muitos tipos, muitos peixes diferentes de diversos tamanhos”.
A Braskem se manifestou em nota, informando que foi feita uma avaliação feita por especialistas da Universidade Federal de Alagoas e do Instituto do Meio Ambiente, que indicou que não existe alteração no padrão típico de qualidade da água da lagoa. Segundo a empresa, o trabalho realizado na região tem relação com o fechamento dos poços, e não ao lançamento de qualquer efluente na lagoa.
As primeiras análises realizadas pelos pesquisadores da UFAL e do IMA foram divulgadas no dia 18 de dezembro do ano passado.
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