Nesta terça-feira (09), após uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, o o ministro da Casa Civil Rui Costa, anunciou que operação de assistência na Terra Indígena Yanomami, se tornará permanente. A medida foi anunciada quase um ano depois do governo federal declarar situação de emergência na região.
Segundo o ministro responsável pela pasta, será investido R$ 1,2 bilhão em 2024 em ações de saúde, assistência social, entre outras, direcionadas aos povos indígenas da etnia. Uma das metas do governo, segundo ele, é combater o comércio de ouro ilegal em todas as terras indígenas.
“Saímos de um ano com um conjunto de ações emergenciais para um 2024 de implementações de ações permanentes e estruturantes naquela região. Simboliza a mudança de página que nós estamos fazendo a partir dessa reunião“, disse Rui, aos jornalistas.
Equipes da Polícia Federal e das Forças Armadas, segundo o ministro, farão uma reestruturação nas ações para manter militares e agentes na região, mas as Forças Armadas não ficarão mais responsáveis por comandar os serviços de logística das ações na região.
O presidente Lula (PT) também estava na reunião, e disse que a situação dos Yanomami, e dos indígenas em geral, será tratada como “questão de Estado”.
“Porque não é possível que a gente possa perder uma guerra para garimpo ilegal. Que a gente possa perder uma guerra para madeireiro legal. Perder uma guerra para pessoas que estão fazendo coisas contra o que a lei determina”, disse ele.
As ações devem ser detalhadas após o Carnaval, segundo Costa. “O grosso do trabalho de combate ao crime organizado foi feito de forma vitoriosa. O que não significa que não tenha mais garimpeiro e criminoso na região”, também afirmou, se referindo ao trabalho feito em 2023.
Em dezembro, Lula se reuniu com ministros de pasta selecionadas ao tema para debater medidas.
O ministro informou que a ‘Casa de Governo’ em Roraima, será responsável por “gerenciar presencialmente esse conjunto de ações, que, a partir de agora, viram permanentes, e não esporádicas, não emergenciais”.
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