Mulher denuncia ex-chefe após ser chamada de “gorda” e “feia”

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Uma mulher denunciou a ex-chefe, de uma loja de óculos, após ser chamada de “gorda” e “feia” em mensagens no WhatsApp, além de ser obrigada a cobrir as tatuagens com blusa de frio. O caso aconteceu em Moema, Zona Sul de São Paulo.

Em uma das mensagens no aplicativo, a líder afirma que a jovem não serviria para trabalhar na empresa “Você está horrível com esse vestido. Nasceu para trabalhar em outro lugar e não aqui, além de gorda e feia nele”, afirmou.

A mulher foi vítima de gordofobia na loja que trabalhava – Foto: Reprodução

A jovem começou trabalhar na loja em outubro deste ano, após passar por um processo seletivo e que depois de um comentário com uma colega de outra unidade, a ex-chefe começou “pegar no pé” dela. “Estava tudo bem com a gerente, até que comecei a ser perseguida porque comentei com uma funcionária de outra loja o que ela havia falado de lá. Mas foi um comentário normal e, por causa disso, ela fez pirraça“, disse em entrevista ao G1.

A partir daí, segundo a jovem, a situação ficou mais constrangedora para ela. “Foi então que passou a falar para eu ir de blusa de frio por causa das tatuagens, não me deixava fazer uma hora de almoço, falava que era gorda, feia, que não nasci para trabalhar na loja. Me bloqueava no WhatsApp, e ainda dizia que eu saía mais cedo, sendo que sempre saí no horário. Foi horrível. Sofro de crise de ansiedade e comecei a passar muito mal, ir ao hospital”, completa.

Em uma das mensagens enviadas à funcionária, a ex-chefe diz que já está perdendo a paciência com a funcionária. “Vitória está vendo Vitória. Pedi milhões de vezes para colocar blusa de frio. Estou ficando brava com você já e suas tatuagens”, escreveu.

Em outro momento, a ex-líder proibiu a funcionária de fazer horário de almoço porque havia ido ao médico, situação que é preconizada na Consolidação das Leis Trabalhistas. “Não vai fazer almoço, pois chegou 13h20 por causa do seu medicozinho”.

Ela conta ainda que foi demitida no dia 10 de novembro, mas recebeu apenas R$400, sendo que o salário base era R$1.300. “Eu peguei conjuntivite e peguei dias de atestado. Quando retornei, eles me dispensaram. Fiquei muito nervosa quando recebi apenas R$ 400. Ainda bem que consegui outro emprego”, disse.

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“O que me mais me machucou foi falar da minha aparência, principalmente quando fui trabalhar com o vestido falando que era gorda e feia. Foram coisas que me magoaram e guardei em mim. Estou tentando superar. É difícil, porque passei a ter muito medo dela”, finaliza.

Procurado, o dono da loja disse apenas que só poderá se manifestar após ter conhecimento do conteúdo do processo.

Igor Rocha

Igor Rocha

Igor Rocha é jornalista, nascido e criado no Cantinho do Céu, com ampla experiência em assessoria de comunicação, produtor de conteúdo e social media.

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