Mortes relacionadas ao calor extremo podem quintuplicar nas próximas décadas, alertam especialistas

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Foto: Foto de CHRISTO JAMES V - Pexels

A ‘saúde da humanidade está em grave perigo’, é o alerta que fazem 100 especialistas de 52 instituições de pesquisas e agências da ONU de todo o mundo, que monitora os impactos das mudanças climáticas na saúde. O relatório feito por eles revela que as mortes relacionadas aos efeitos do calor extremo podem quase quintuplicar nas próximas décadas.

Os cientistas destacam ainda que o calor é apenas um dos fatores climáticos que podem contribuir para o aumento da mortalidade.As ondas de calor mais frequentes poderão fazer com que cerca de 525 milhões de pessoas sofram de insegurança alimentar moderada ou grave até a metade do século, aumentando o risco global de desnutrição.

Em um cenário de aumento médio da temperatura de 2ºC na comparação com o período pré-industrial até o fim do século, as mortes vinculadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050.

 Com cerca de 1,1ºC de aquecimento, as pessoas já experimentaram, em média, cerca de 86 dias de temperaturas elevadas que ameaçam a saúde entre 2018 e 2022 – Foto: Foto de CHRISTO JAMES V – Pexels

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Algumas doenças infecciosas transmitidas por mosquitos devem continuar em propagação. A transmissão da dengue, por exemplo, pode registrar alta de 36%.

Esta é a quarta onda de calor que o Brasil enfrenta este ano com novos recordes de temperatura e alerta de “grande perigo” para 15 estados e o Distrito Federal, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Temperaturas mais altas são comuns nesta época do ano, de transição entre a primavera e o verão. Mas, desta vez, o calor foi intensificado pelo El Niño, fenômeno que deixa as águas do oceano mais quentes, e pelos efeitos do aquecimento global, provocado pelas emissões de gases do efeito estufa.

Neste ano, outras regiões do mundo também enfrentaram ondas de calor extremo, como Estados Unidos, China, Índia, Paquistão e Europa.

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