Focos de incêndio caem na região metropolitana de Manaus

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03/10/2023 - MANAUS - AM: 01-10-2023 - Embarque no porto de Manacapuru das equipes de pronto atendimento às vítimas do desbarrancamento no município de Berurí. Foto: Antônio Lima/SECOM

Após o reforço no efetivo para combater incêndios na região metropolitana de Manaus, os focos de incêndio diminuíram, segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima. Durante entrevista para apresentar balanço das ações emergenciais para combate a seca, no início da noite de ontem (17), Lima disse que foram registrados só nessa área 415 focos de calor, focos dentre os dias 8 e 10 de outubro e que no período de 11 a 15 deste mês, as ocorrências caíram para 28.

“A gente tem um conjunto de situações, primeiro essa ação que se intensificou e também as chuvas que caíram nos últimos dias ajudaram a diminuir sensivelmente a questão desses focos de calor aqui na região metropolitana”, avaliou Lima.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas, de 12 de julho a 15 de outubro já são 2.386 incêndios combatidos no estado, 1.691 no interior e sendo 695 na capital. Os focos de incêndio fizeram com que Manaus ficasse encoberta por uma nuvem de fumaça.

Embarque no porto de Manacapuru das equipes de pronto atendimento às vítimas do desbarrancamento no município de Berurí. /Foto: Antônio Lima/SECOM

Ao apresentar o balanço, Lima também disse que se encontrará, nesta quarta-feira (18), em Brasília, com o vice-presidente Geraldo Alckmin, juntamente com outros ministros para tratar da questão da estiagem no estado.

Ontem, a cota do Rio Negro chegou a 13,49 metros, a menor desde 1902, quando começaram as medições do volume das águas. O baixo volume do rio afetou a navegação de navios que transportam cargas de insumos para o comércio e fabricação de produtos na Zona Franca de Manaus (ZFM).

A Associação Brasileira dos Armadores de Cabotagem (Abac) disse que empresas de navegação que possuem linhas regulares para atender a zona produtora e a comunidade, já começaram a sentir os impactos da seca, especialmente sobre o transporte de produtos mais pesados, como  alimentos (arroz, congelados e resfriados), cimento, metais, cerâmica, porcelanato e fertilizantes.

“As empresas apontam que a seca poderá impactar a navegação em 50%, ou seja, 50% do que deveria ser transportado deixará de ser durante este período. No pior cenário, em função da segurança, não será possível a navegação pelo Rio Amazonas”, disse a Abac.

Para reduzir o impacto, o governo federal anunciou a realização de obras de dragagem em trechos dos rios da região.

Segundo o governador do Amazonas, as obras de dragagem no trecho do Rio Amazonas, conhecido como Tabocal, próximo a Itacoatiara, localizado a 176 quilômetros de Manaus, terão início nos próximos dias.

Boletim

Boletim atualizado da Defesa Civil do estado, mostra que a situação da seca no Amazonas levou 59, dos 62 municípios a decretar situação de emergência, um está em alerta (Canutama) e dois permanecem em situação de normalidade (Presidente Figueiredo e Apuí). Até o momento, 138 mil famílias foram afetadas e aproximadamente 557 mil pessoas.

“Com relação à ajuda humanitária, 40 mil cestas básicas estão entregues, em trânsito ou prontas para entrega pelo Governo do Amazonas, por meio da Defesa Civil, em parceria com Exército e Marinha. O Estado também segue com entregas de alimentos do Merenda em Casa, com mais de 2,2 mil kits já entregues”, informou o governo do Amazonas.

Leia também: Mais de meio milhão de pessoas são afetadas pela seca severa no Amazonas

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