“Eu demorei muito para me reconhecer como um homem bonito“, afirmou o ator e empresário Rafael Zulu, durante um evento promovido pelo Grupo L’Oréal no Brasil, no início do mês. Ao Notícia Preta, o artista de 41 anos afirmou que essa demora em ver beleza em si mesmo, sendo um homem negro, tem a ver com o racismo, e seus desdobramentos.
“Isso porque sempre existiu um plano gigantesco de anular a nossa beleza e fazer com que a gente nunca acreditasse que somos pessoas sim bonitas e lindas. E ‘Ah, Zulu é um homem negro bonito’. Não. Eu sou um homem bonito“, detalhou o artista que é embaixador da Ralph Lauren Fragrances, empresa do Grupo L’Oréal.
Durante o painel “O poder da transformação da beleza”, parte do evento ‘Beleza Que Move: Pequena África’, Zulu falou da diferença de como ele e os meninos brancos lidavam com essa questão. “Os meus amigos brancos sempre tiveram certeza de que eram bonitos. As meninas sempre olharam para eles, as professoras sempre tiveram mais cuidado com eles“, pontuou o ator.
Rafael, que já fez novelas como ‘Fina Estampa’ e ‘O Outro Lado do Paraíso’, ambas da TV Globo, também falou sobre o impacto da preocupação da estética no seu trabalho.
“Eu nunca fui escalado como um galã. Eu segui reproduzindo os mesmos personagens que meus amigos lá de trás, pretos, representavam. Então a gente nunca foi colocado no lugar que a gente de fato merecia. Logo, não foi a televisão ou as publicidades que me ajudaram a descobrir minha beleza, foi a maturidade e a certeza de quem eu sou. E eu sou preto, e simplesmente por isso, eu já sou bonito pra caramba“, disse Rafael Zulu.
Pai de uma menina de 16 anos, a Luiza Zulu, o ator conta que também trabalha a autoestima da filha para que ela também se reconheça como uma mulher bonita. “Ela se reconhece como uma mulher preta e linda, e eu acredito que eu e a mãe temos um papel fundamental nisso. Ela vive todas as inseguranças de uma mulher negra, mas nós estamos ali do lado dela o tempo todo“, relatou Rafael.
O empresário também é pai Kalu, de dois anos, fruto de seu relacionamento com Aline Becker, com quem casou no último final de semana em Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Sem querer desestimular a jovem jornalista, mas escrever bem nessa profissão não é a mesma coisa que para outras profissões menos públicas, pois muitos outros jovens buscando por crescimento veem nesses profissionais uma fonte de conhecimento e um modelo para suas vidas. Isso tem um outro peso, pois sua escrita estimula a muitos na forma como passarão a usar o idioma, e o erro gramatical – comum para “pessoas comuns” – toma uma dimensão enorme em se tratando de alguém que está em contato permanente com tanta gente, pois será reproduzido pelos que os leem, acabando por gerar um retrocesso literário e um enorme prejuízo à língua-pátria. Palavra de professor!