Manaus registra 4ª maior seca da história, com queda do nível do Rio Negro 

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Nesta terça-feira (10), o Rio Negro bateu a cota de 14,29 metros, registrando a quarta pior seca da história de Manaus, capital do estado do Amazonas. Sendo a principal fonte de abastecimento de água da cidade, o rio desceu mais 12 cm nas últimas 24 horas. Segundo a informação do Porto de Manaus, o vazante pode ultrapassar a seca histórica de 2010, que chegou a 13,63 metros.

Até o momento a diferença é de 66 cm para a seca registrada há 13 anos. O Rio começou a ser monitorado em 1902 no Porto da cidade, com uma régua que mede o nível das águas diariamente. Relatórios apontam que o rio esta esvaziando mais rápido que os outros anos. Neste ano, somente em um dia (19 de setembro), as águas chegaram a descer 36 centímetros.

Até o momento, 60 cidades do Amazonas foram afetadas pela seca severa deste ano. Desses, 42 estão em situação de emergência, 18 cidades de alerta, nenhuma em atenção, e apenas dois municípios estão em normalidade: Presidente Figueiredo e Apuí.

Seca 2023: Lago do Aleixo secou em Manaus — Foto: Gato Júnior/Rede Amazônica

Segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), o Rio Negro deve continuar descendo por mais duas semanas, a depender do ritmo do Rio Solimões. “Se Tabatinga ultrapassar a mínima histórica essa semana, será quase certo”, relatou Jussara Cury, pesquisadora em geociências do CPRM, ao G1.

Segundo a Defesa Civil estadual, 273 mil pessoas, de 68 mil famílias, estão sendo afetadas pela vazante. As autoridades alertam agora que o baixo nível dos rios poderá prejudicar as exportações de cereais na região. “Há preocupação com o escoamento de parte da safra de milho, que deve levar de dois a três meses ainda”, disse o Ministério da Agricultura em um comunicado.

Os piores efeitos da seca atingem a região Oeste de Manaus, de acordo com o ministério, que afirma que o baixo rio Amazonas e o rio Tapajós possuem ainda condições de navegabilidade.

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