Devido a seca extrema no Estado do Amazonas, um dos pontos turístico mais conhecido de Manaus teve sua paisagem atingida. Na última quarta-feira (04), a prefeitura divulgou os dados, são 40 municípios em situação de emergência, 19 cidades em alerta, 1 em atenção e 2 em normalidade. O fenômeno hidrológico natural que acontece entre dois rios, agora são cobertos por bancos areias e pedras.
Nesta quinta-feira (5), o Rio Negro atingiu a cota de 14,90 metros, atingindo a marca de 9ª pior seca da história. As famosas águas escuras que banham Manaus fazem parte de um dos afluentes do Rio Amazonas, maior bacia hidrográfica do mundo.
O rio vem secando desde junho, no começo as desciam cerca de 1 centímetro, por dia. Hoje ele desce desce cerca de 10 a 20 cm, por dia.
Conforme os dados divulgados semanalmente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Rio Solimões, o rio atingiu a cota de -43 centímetros no último dia 22 de setembro, sendo a segunda pior seca registrada para o fluente.
As empresas já estão prevendo o impacto devido a seca no fim de ano e, conforme o diretor-executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), Luís Fernando Resano, a capacidade de transporte hidroviário no Amazonas foi mais atingida neste ano do que em 2022.
Resano explica ainda que, com os níveis dos rios baixos, os navios não podem operar com a carga máxima. As embarcações de cabotagem que costumam levar de 3 mil a 4 mil contêineres estão levando com 2 mil. Isso encarece o preço do frete.
Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), os fretes subiram cerca de 40% a 50% neste ano por causa da seca. A entidade alega que as operações estão funcionando normalmente, mas o cenário pode mudar caso piore.
Leia também Sobe para 23 total de cidades em situação de emergência no Amazonas