O diretor e cineasta Ricardo Souza revelou que não teve condições de fazer faculdade de cinema e aprendeu “na raça”. Ricardo é um dos diretores do clipe “Funk Rave” de Anitta que foi premiado no VMA nesta terça-feira (12). Ele também já trabalhou com Criolo e Milton Nascimento.
Em entrevista ao G1, Ricardo contou como começou a trabalhar com audiovisual:
“No início dos anos 2000, eu não tinha como fazer faculdade de cinema, não tinha curso de audiovisual, não tinha nem YouTube. Eu aprendi na raça, na prática, sem ter referência nenhuma”, disse o diretor.
Ricardo conta que até os 20 anos ele nunca tinha tocado em uma câmera. Filho de mãe vendedora e pai desconhecido o cineasta fala que durante as gravações de “Funk Rave”, teve uma lembrança de sua infância. “Eu vim de um bairro pobre, violento. Aquele campinho era exatamente como o que eu jogava” contou ele ao G1.
Ricardo trabalhava com sua mãe em uma loja de roupas, quando recebeu uma proposta de uma produtora de uma série de TV para ser motorista. Ele realizava entregas de fita, curioso pedia para que um funcionário da central técnica explicasse o que os equipamentos faziam.
“Eu ficava lá encantado, aprendendo: ‘isso aqui é SDI. Isso aqui é sinal composto. Isso é uma beta digital, isso é uma beta analógica. Isso aqui é uma TIC’. Aí ele começou a me ensinar a sonorizar” disse.
Através do seu interesse a editora executiva do canal fez um convite para atuar na pós-produção da série. O produtor aceitou, e virou editor e finalizador do projeto.
Hoje Ricardo acumula um currículo extenso de produções, ele já dirigiu os clips “Funk Rave”, “Casi Casi” e “Used To Be” de Anitta, além de participar na pós-produção de “Cais” e “Não Existe Amor em SP”, parcerias de Milton, Amaro Freitas e Criolo.
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