Argentina atinge o pior nível de pobreza em 18 anos

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A Pesquisa Permanente de Domicílios divulgada pelo Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censo) mostrou que a pobreza na Argentina atinge 38,7% da população, o que significa um aumento de 4,5% em relação a 2022. Os dados dizem respeito ao 1º trimestre deste ano, divulgados na última sexta-feira (04), de acordo com informações do jornal argentino Clarín.

No caso da extrema pobreza no país, o índice foi de 8,2% para 8,9%. Foi levado em consideração para a pesquisa, 31 áreas urbanas do país, com cerca de 29 milhões de pessoas. Se o percentual for expandido para toda a população do país que tem 45,8 milhões de habitantes, incluindo as áreas rurais, é estimado que 18 milhões de pessoas vivam na pobreza.

Já um estudo feito pela Universidade Di Tella, que analisou o período de dezembro de 2022 a maio de 2023, registrou 43% da população vivendo na pobreza, no país, o que corresponde a 12,5 milhões de argentinos nesta situação, segundo divulgou a Agência de Notícia Bariloche (ANB).

A taxa de pobreza no país está alta, junto com o aumento da inflação/ Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP

A inflação anual na Argentina atingiu 115,6% em junho, o maior nível desde agosto de 1991. Para controlar a alta nos preços, o Banco Central da República Argentina (BCRA) aumentou em maio a taxa básica de juros, a LELIQ, de 91% para 97% ao ano. O índice está no maior patamar da série histórica, iniciada em dezembro de 2015.

A pobreza atingiu todas as regiões do país, com exceção da Grande Buenos Aires, onde teve uma queda. Um exemplo que foi capa dos jornais argentinos recentemente. Em 27 de junho, um caminhão que transportava 23 toneladas de carne tombou numa rodovia do país. A carga foi saqueada por moradores de uma cidade próxima. Imagens nas redes sociais mostram pessoas arrastando grandes pedaços de carne aparentemente bovina.

Conforme o relatório de Murialdo, as faixas etárias mais atingidas são crianças e adolescentes, com 54,2% das pessoas entre 0 e 14 anos vivendo nessa situação. Os dados oficiais sobre a incidência de pobreza e indigência no primeiro semestre de 2023 serão disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC) a 27 de setembro.

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