Uma pesquisa chamada “Mulheres em Diálogo”, aponta que 94% das brasileiras que possuem posições políticas e ideológicas diferentes, concordam total ou parcialmente, que homens e mulheres devem receber a mesma remuneração para cargos equivalentes. O estudo foi realizado pelo Instituto Update, em parceria com o Instituto de Pesquisa IDEIA.
Os dados, segundo o g1, mostram que não é apenas nesse ponto que elas concordam. O estudo também demonstra que 77% delas acham que a segurança pública é o principal problema do país.Em seguida, 72% delas concordam que é necessário aumentar a representação feminina em cargos políticos.
Além disso, o levantamento que ouviu 668 mulheres de 16 anos ou mais de diferentes regiões do país, com referência às orientações políticas das entrevistadas entre 2023 e 2024, 47% das entrevistadas afirmaram que a saúde também foi apontada como um dos três principais problemas do Brasil.
Porém, as mesmas discordaram de temas como aborto (apenas 16% são a favor), sendo que 61% das mulheres que se dizem progressistas, são contrárias à legalização do aborto, porcentagem que aumenta para 82% entre as que se dizem consevadoras.
Outro tema que gera discordância entre as entrevistadas é a temática que envolve religião, sendo que 53% defendem que valores religiosos devem guiar decisões políticas, enquanto 43% são contra essa unfluência.
“Questões como igualdade salarial e segurança refletem preocupações universais entre as mulheres brasileiras e podem ser a base para ações que promovam avanços nos direitos das mulheres”, destaca Carolina Althaller, diretora-executiva do Instituto Update, em entrevista ao g1.
Já a cientista política Camila Rocha, que participou da entrevista, falou ao g1 os dados mostram como as mulheres, independentemente da posição ideológica, entendem como são prejudicadas pelas mesmas questões. “Elas nomeiam isso, entendem o que são falas machistas, o que são ações machistas“, disse.
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