8 de janeiro: perfil predominante é de homem branco, casado, autônomo e de baixa renda, diz levantamento

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Homem branco, casado, autônomo, de baixa renda e com menos de 60 anos. Esse é o perfil que se destacou na invasão antidemocrática das sedes dos três Poderes em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023. O levantamento foi feito pelo jornal O GLOBO, a partir da análise dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF), que verificou o perfil de 1.586 pessoas, alvos de ações penais com relação ao episódio.

De cordo com o levantamento, 36,88% deles tinha de 45 a 54 anos, e os trabalhadores autônomos correspondem a 43,2% dos presos por conta da invasão. Além disso, 41% afirmaram ter recebido o auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A maior parte dos alvos das ações penais, de acordo com o levantamento, são das regiões Sul e Sudeste. Minas Gerais (170) e São Paulo (296) estão no topo dos estados com mais acusados. Além disso, O GLOBO também aponta que a maior parte tem apenas o Ensino Médio completo, e ganha até dois salários mínimos (R$ 3.036) por mês.

Além desses, o ex-presidente Bolsonaro e mais 7 aliados também se tornaram réus a partir da decisão da Primeira Turma do STF por envolvimento em uma trama golpista que, segundo a acusação, levou ao 8 de Janeiro.

Uma recente pesquisa do PoderData aponta que 51% dos brasileiros são contra o perdão aos envolvidos na depredação na Praça dos Três Poderes. Já 37% concordam com o avanço do projeto de anistia, que até então está travado na Câmara dos Deputados. Enquanto isso, 12% não sabe se é contra ou não.

Segundo informações do STF, em apuração do g1, que até o momento foram 1.039 pessoas condenadas, e 1.682 denunciadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Leia também: STF forma maioria para tornar Bolsonaro réu por tentativa de Golpe de Estado

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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