Mais da metade dos brasileiros (61%) acredita que a corrupção vai aumentar nos próximos meses. Em dezembro de 2020, esse número era menor, 56% tinham essa certeza. Em abril de 2019, era menor ainda, 40% dos brasileiros pensavam que a corrupção no atual governo poderia aumentar. Os confiantes, que acreditam que a corrupção vai diminuir, somam 11%.
Outros 24% entendem que a situação continuará como está, e 3% não souberam responder.
A pesquisa foi realizada pelo Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) pelo jornal “Folha de S.Paulo”.
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Corrupção
O que para a maioria da população é visível, para o presidente Jair Bolsonaro é algo inexistente. Durante a solenidade de assinatura do decreto que institui o Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal, nesta terça-feira (27), na Organização das Nações Unidas (ONU), o chefe do executivo declarou que está há dois anos e meio sem acusações de corrupção: “Dois anos e meio sem qualquer acusação de corrupção, realmente é uma coisa fantástica”, declarou Bolsonaro“.
A fala do presidente não é verídica. Bolsonaro ignora em seu discurso os dois inquéritos em andamento na Polícia Federal que investigam eventuais atos de corrupção por atuais e ex-integrantes do governo federal — um deles envolve o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que supostamente favoreceu a exportação ilegal de madeira da Amazônia. Além disso, a CPI da Covid investiga um possível caso de corrupção no contrato de compra da vacina Covaxin, produzida na Índia pelo laboratório Bharat Biotech. E mesmo não sendo integrante do governo, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) responde a processo no caso das rachadinhas.
A pesquisa ouviu 3.667 pessoas entre 13 e 15 de setembro em 190 municípios de todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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