Um grupo de trabalhadores foi resgatado de um trabalho em situação análoga a escravidão em uma propriedade rural localizada no município de Gentio Do Ouro, na ultima quarta-feira (25). Segundo divulgou o Ministério Público do Trabalho do Piauí (MPT-PI), cinquenta e sete trabalhadores foram retirados de alojamentos, sendo trinta piauienses, doze cearenses e quinze baianos que atuavam na extração de palha e pó de carnaúba, uma espécie de palmeira típica da região nordeste do Brasil.
“Os trabalhadores se alimentavam sentados em tocos de madeira e precisavam preparar a comida em fogueiras improvisadas. Uma situação degradante.” Relatou o procurador do trabalho e coordenador regional de combate ao trabalho escravo do MPT-PI, Edno Moura.

No ambiente onde foi feito o resgate, as autoridades encontraram alojamentos superlotados, sem instalações sanitárias ferindo regras contrário do que constam na Norma Regulamentadora 24 (NR-24), atualizada pelo Ministério do trabalho e Emprego (MTE) em 2022. Ainda segundo o procurador, o empregador teria se recusado a pagar as verbas rescisórias além de indenizações por danos morais
“Parte dos trabalhadores já receberam as verbas rescisórias, mas, no caso dos piauienses, o empregador se negou a pagar os direitos. por isso, o MPT ingressará com as ações cabíveis para cobrar o pagamento das verbas rescisórias, além de indenizações por danos morais, individuais e coletivos”, afirmou o procurador.
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