A “Pesquisa Diversidade Jovem 2022”, realizada pelo Ensino Social Profissionalizante (Espro), em novembro deste ano, aponta que, 40% dos participantes afirmaram sentir e presenciar situações de preconceito com frequência na escola ou na faculdade.
O estudo aponta que 32% desses jovens relataram ainda que as situações de preconceito no transporte público, em consultórios médicos, restaurantes, lojas ou eventos são recorrentes. Esse fato é ainda mais presente na vida dos negros que se identificam com religiões de matriz africana, já que 44% deles afirmaram sentir ou presenciar preconceito nestes serviços.
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O objetivo central do estudo é identificar o perfil de diversidade dos participantes de cursos e projetos do Espro para o embasamento das estratégias de impacto social e construção de ações direcionadas à inclusão no mercado de trabalho e ao fomento à consciência social.
“Aqui no Espro, além de prepararmos os jovens para o mundo do trabalho, estimulamos o seu protagonismo na sociedade, buscando ajudá-los a ocupar seus espaços como cidadãos plenos. Enquanto 76% de jovens homossexuais, por exemplo, admitirem não conversar ou conversar pouco sobre diversidade no trabalho, ainda teremos ambientes mais hostis do que acolhedores para eles. Isso é um alerta para que entidades formadoras e empresas tenham mais atenção com o acolhimento nos ambientes de aprendizagem e de trabalho”, afirma Alessandro Saade.
A “Pesquisa Diversidade Jovem 2022” ouviu 1.657 adolescentes e jovens, com idades entre 15 e 23 anos, que são ou já foram aprendizes ou estagiários do Espro, entre 19 de setembro e 16 de outubro. O
índice de confiabilidade é de 99% e a margem de erro é de 3%.