Yeltsin Jacques conquistou o ouro nos 1.500m T11 das Paralimpíadas de Paris nesta terça-feira (03), quebrando seu próprio recorde mundial. Aos 32 anos, ele liderou a prova e fez dobradinha com Júlio Cesar Agripino dos Santos, que ficou com o bronze.
Yeltsin completou os 1.500m T11 em 3min55s82, superando seu tempo de Tóquio-2020, onde venceu com 3min57s60. Com essa vitória, ele alcançou sua quarta medalha paralímpica, reafirmando sua posição de destaque no esporte.
“Na semifinal já mostramos para o que viemos (ao liderar). Foi uma prova fantástica, repetindo o feito de Tóquio. Ganhar de novo com recorde mundial de novo… Estou muito feliz com todo o trabalho. Tive uma lesão, me recuperei, depois sofri com uma virose que acabou atrapalhando nos 5.000m, mas as expectativas eram as melhores possíveis”, disse Yeltsin em entrevista à TV Globo.
Júlio liderou parte dos 1.500m T11, mas terminou em terceiro com 4min04s03. O segundo lugar ficou com Yitayal Yigzaw, da Etiópia, com 4min03s21. Nos 5.000m T11, os resultados se inverteram, com Júlio ganhando o ouro e Yeltsin o bronze.
“Nos 1.500m eu acreditava que conseguia até um pouquinho mais forte. Fiquei muito feliz de o Julio estar aqui e conquistar essa medalha também. O Brasil tem se tornado uma potência no meio fundo e no fundo. A gente vai ser inspiração para as próximas gerações”, falou Yeltsin, também para a TV Globo.
Leia também Carol Santiago se torna a maior medalhista de ouro paralímpica do Brasil
Yeltsin, que nasceu com baixa visão, começou no atletismo ajudando um amigo cego nas Paralimpíadas Escolares de 2007. Com as vitórias em Paris, ele acumula quatro medalhas paralímpicas e cinco em Mundiais, sendo duas de ouro.