Se adotado o horário de verão, o governo pode economizar R$1,8 bilhão anualmente a partir de 2026. É o que mostra o estudo do Operador Nacional do Sistema (ONS) apresentado ao governo federal. Caso seja adotado já em 2024, as contas públicas poderão ter uma economia de R$400 milhões.
De acordo com o estudo, a economia se daria porque o governo usaria menos as usinas termelétricas nos horários que se consome mais energia, ou seja, ao anoitecer, quando os trabalhadores voltam pra casa e começam a ligar as luzes, ar condicionado, abrir e fechar geladeira, entre outras coisas. Com o horário de verão atrasaria em uma hora a volta pra casa. E em 2026 haveria mais economia pois entram em operação usinas que serão usadas como seguro.
“Tomando como base as receitas dos empreendimentos vencedores do leilão de reserva de capacidade realizado em 2021, e considerando uma redução estimada em cerca de gigawatts (2 GW) na ponta de carga [momento de maior consumo] devido à aplicação do horário de verão, estima-se uma economia anual, em termos de pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão, de cerca de R$ 1,8 bilhões por ano”, diz o estudo.
Governo estuda mudança
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira disse nas últimas semanas em entrevista a jornalistas, que o horário de verão pode voltar para reduzir impactos da crise hídrica no setor elétrico. Para isto seria necessário apenas uma decisão política do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em abril de 2019, o inelegível ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro (PL) extinguiu o horário de verão.
População a favor
Um levantamento da Reclame Aqui e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que realizou 3 mil entrevistas, após surgir a possibilidade da mudança no relógio voltar ainda este ano mostra que 54,9% dos brasileiros são a favor do retorno do horário de verão.
Os dados mostram que 41,8% se mostraram totalmente a favor e 13,1% são parcialmente favoráveis. Mas apesar da aparente adesão, 25,8% se declararam totalmente contrários, 17% indiferentes e 2,2% parcialmente contrários à mudança.
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