Uma onda de violência e ataques a tiros tem provocado medo entre os moradores da Grande São Luís (MA) desde o último domingo (19). Os ataques, atribuídos pelas autoridades locais a facções criminosas, deixaram sete mortos e mais de dez feridos, além de levarem escolas e universidades a suspenderem as aulas por tempo indeterminado.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão, anunciou o reforço do efetivo policial e afirmou que o Estado “vai agir com rigor contra qualquer ameaça à ordem pública”. Segundo ele, as forças de segurança estão nas ruas e não há registros de ocorrências dentro das instituições de ensino.
A Secretaria de Segurança Pública confirmou que cerca de 140 policiais foram destacados para operações permanentes na Cidade Operária, bairro mais afetado pela escalada da violência. “Estamos ampliando as investigações para identificar e prender os responsáveis pelos ataques”, informou o secretário Maurício Martins.
As vítimas, homens com idades entre 17 e 43 anos, foram assassinadas a tiros em diferentes bairros da capital e municípios vizinhos, como São José de Ribamar e Paço do Lumiar. Em apenas três dias, a região registrou dezenas de ocorrências de homicídios, tentativas de assassinato e assaltos armados.
Com o aumento da insegurança, 14 escolas estaduais e 7 municipais suspenderam as atividades. O Instituto Federal do Maranhão (IFMA), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e uma faculdade particular também interromperam as aulas. A previsão é que as atividades comecem a ser retomadas gradualmente a partir da próxima semana.
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Os ataques ocorreram em sequência entre domingo e quinta-feira. Entre os casos registrados estão execuções a tiros, tentativas de homicídio e assaltos a comércios e clínicas, em bairros como Cidade Olímpica, Liberdade, Monte Castelo, Vila Janaína, Vinhais e Vila Palmeira.
A Polícia Civil segue investigando a motivação dos crimes, que teriam ligação com disputas entre grupos criminosos locais. O governo estadual afirmou que está em contato com o Ministério da Justiça e Segurança Pública para reforçar o apoio federal às operações de combate à violência na região metropolitana.
