Vinicius Jr. depõe sobre caso de racismo em jogo do Real Madrid contra o Mallorca

O jogador Vinicius Junior depôs na madrugada desta terça-feira (04) no Tribunal de Instrução 3 de Palma, com relação ao episódio de racismo cometido contra o atacante durante o jogo do Real Madrid contra o Mallorca, em fevereiro deste ano, pelo Campeonato Espanhol.

O depoimento foi feito por videoconferência, onde o atleta refirmou os xingamentos que recebeu de um torcedor. Segundo o jornal espanhol Última Hora Mallorca, Vinicius Junior contou que na hora do jogo não chegou a ouvir os ataques, mas que testemunhou as injúrias raciais feitas contra ele a partir de um vídeo divulgado pelo canal “DAZN” que mostra o acusado chamando o jogador de macaco. “Vinicius, macaco! É um p*** macaco”, grita.

Ainda de acordo com o veículo espanhol, o atacante brasileiro também cobrou uma punição ao torcedor do Mallorca, que antes do depoimento já havia sido multado em 4 mil euros, cerca de R$ 22 mil. O torcedor também foi proibido de frequentar espaços esportivos por um ano, e banido do quadro de sócio-torcedor do clube.

Nesta terça-feira (04), o acusado também foi prestar depoimento, e admitiu que ofendeu o atacante do Real Madrid com ofensas racistas durante o jogo no Estádio Son Moix. O Última Hora Mallorca afirmou que durante o depoimento o torcedor também pediu perdão para a juíza que investiga o caso de crime de ódio.

Outros Casos

Esse é só um dos casos de racismo praticados contra Vinicius Junior. A LaLiga, responsável por organizar o Campeonato Espanhol, já abriu pelo menos 8 denúncias de racismo contra o brasileiro até agora, só nesta temporada. A liga já afirmou tomar providências. O último caso ocorreu no início desse mês quando câmeras flagraram o atacante do Real Madrid sendo alvo de racismo por parte da torcida do Real Betis.

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O jogador já chegou a se pronunciar nas redes pedindo que as autoridades comecem a punir quem é identificado praticando racismo, não só no futebol mas em outros esportes, dando apoio a um outro brasileiro, o jogador de basquete Yago Mateus, armador do Ratiopharm Ulm, da Alemanha, que também foi vítima de racismo. “Mas enquanto não fazem nada, seguiremos na luta pelo nosso”, afirmou.