O corpo do vigilante Claudinei Coco Esquarcini, responsável por monitorar o circuito interno de TV da Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), em Foz do Iguaçu (PR), foi encontrado em Medianeira, no último domingo (17).
Segundo informações do “Metrópoles”, Claudinei era um dos diretores da Associação onde o petista Marcelo Arruda foi assassinado pelo bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho, no último dia 9 de julho, e “responsável pelo fornecimento de senhas” das câmeras de segurança na Aresf.
Ainda de acordo com as autoridades locais, Guaranho viu as imagens antes de cometer o crime contra Marcelo, o que não é costumeiro, como diz um outro vigilantes, identificado como José Augusto Fabri. Segundo ele, somente Claudinei poderia dar esse acesso ao bolsonarista.
No Boletim de Ocorrência consta, como possível causa da morte “violenta – queda de plano elevado”. Levando em conta a motivação da morte, os advogados da família de Marcelo Arruda pediram busca e apreensão do celular de Claudinei. Além disso, a defesa também pede à Justiça paranaense que seja determinada a busca e apreensão das imagens e eventuais áudios entre a Aresf e a residência do assassino, bem como de diretores da Aresf, que supostamente tinham acesso às imagens do clube em seus respectivos celulares.
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De acordo com a investigação, Guaranho participava de dois grupos de WhatsApp ligados à Aresf: um de diretores e outro de associados, onde recebeu as informações. “Foi da reunião festiva entre estes, no dia dos fatos, no churrasco, após visualização das câmeras, disponibilizada de uma forma ou outra por ambos, em conjunto ou isoladamente, com a participação ou não de Claudinei Coco Esquarcini ou de outros não identificados, que o assassino partiu para matar Marcelo“, diz o inquérito.