O vendedor de balas Hiago Macedo de Oliveira Bastos, de 21 anos, não teve nenhuma atitude violenta antes de ser morto pelo policial militar Carlos Arnaud Baldez Silva Júnior em frente à estação das barcas, em Niterói (RJ) nesta segunda-feira (14). O fato foi revelado após a divulgação das câmeras de segurança da CCR Barcas, a concessionária que administra o local. De acordo com o secretário de Direitos Humanos de Niterói, Raphael Costa, as imagens foram fundamentais para o indiciamento de homicídio doloso qualificado por motivo fútil.
“A gente continua acompanhando as investigações para garantir que o inquérito seja levado adiante e que não tenha nenhum resultado de impunidade”, disse o secretário em entrevista ao “DIA”.
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A partir das imagens, a Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) entendeu que o autor do disparo praticou um ato cruel de violência. O policial foi preso e vai responder por homicídio doloso, quando há a intenção de matar e de crime por motivo fútil. o sepultamento de Hiago aconteceu no Cemitério Maruí, no bairro Barreto, em Niterói, na tarde desta terça-feira (15).
De acordo com testemunhas no local, o vendedor ofereceu o produto para um pedestre e o policial Carlos Arnaud se incomodou com a ação. Os dois teriam se envolvido em uma discussão próximo à bilheteria das barcas e o agente disparou um único tiro que matou Hiago. Já assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informou na ocasião que o policial que estava de folga reagiu a uma tentativa de roubo na Praça Araribóia, em frente ao Terminal das Barcas de Niterói. O militar tentou intervir na ação e um dos envolvidos teria investido contra sua integridade, sendo atingido por disparo de arma de fogo. O ferido não resistiu.
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