“Venda do olho” proibida: governo impede empresa de pagar por foto de íris

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Após mais de 400 mil pessoas venderem uma foto da sua íris, o governo brasileiro proibiu que empresas continuassem a pagar pela imagem. A determinação da poibição foi feita pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) por conta das vendas feitas pela World, iniciativa que registra a íris de humanos, e que começou a se popularizar nas últimas semanas.

Em São Paulo a empresa chegou a pagar R$ 600 em criptomoedas para quem tirasse uma foto da íris, segundo a cotação da última semana. A ANPD afirma que o pagamento “pode interferir na livre manifestação de vontade dos indivíduos“, e que nesse caso, isso pode acontecer “especialmente em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência (expressão jurídica que se refere à falta de condições financeiras) tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido“.

Foto: Pexels

Apenas em São Paulo participou do projeto em todo país, chegando a bairros da periferia como Brasilândia e Cidade Dutra. Até a última sexta-feira haviam 51 unidades de escaneamento na cidade, que começou com 10.

Mas depois da proibição, a empresa disse que “está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil” e que “relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD“.

O Brasil não é o primeiro país a questionar o uso de dados pela empresa. Na Alemanha a autoridade de proteção de dados, determinou a exclusão de dados coletados pela empresa em toda a União Europeia.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Formada em Jornalismo em 2021, atualmente trabalha como Editora no jornal Notícia Preta, onde começou como colaboradora voluntária em 2022. Carioca da gema, criada no interior do Rio, acredita em uma comunicação acessível e antirracista.

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