Após mais de 400 mil pessoas venderem uma foto da sua íris, o governo brasileiro proibiu que empresas continuassem a pagar pela imagem. A determinação da poibição foi feita pela Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) por conta das vendas feitas pela World, iniciativa que registra a íris de humanos, e que começou a se popularizar nas últimas semanas.
Em São Paulo a empresa chegou a pagar R$ 600 em criptomoedas para quem tirasse uma foto da íris, segundo a cotação da última semana. A ANPD afirma que o pagamento “pode interferir na livre manifestação de vontade dos indivíduos“, e que nesse caso, isso pode acontecer “especialmente em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência (expressão jurídica que se refere à falta de condições financeiras) tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido“.
Apenas em São Paulo participou do projeto em todo país, chegando a bairros da periferia como Brasilândia e Cidade Dutra. Até a última sexta-feira haviam 51 unidades de escaneamento na cidade, que começou com 10.
Mas depois da proibição, a empresa disse que “está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil” e que “relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD“.
O Brasil não é o primeiro país a questionar o uso de dados pela empresa. Na Alemanha a autoridade de proteção de dados, determinou a exclusão de dados coletados pela empresa em toda a União Europeia.
Leia também: Mais de 254 mil candidatos são aprovados no Sisu 2025, sendo mais de 111 mil na modalidade de cotas