UFRRJ aprova política de reserva de cotas para travestis e pessoas trans

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Com informações da Agência Brasil

Na última semana o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) aprovou a aplicação da política de reserva de vagas na graduação para pessoas travestis e transexuais. A iniciativa já começa a valer no próximo ano para todos turnos e cursos da instituição.

Essa é a segunda universidade federal do Rio a aprovar cotas para o grupo. No último dia 19 de setembro a Universidade Federal Fluminense (UFF) passou a oferecer cotas para pessoas trans na graduação, após aprovação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da universidade, e também passará a valer em 2025.

Campus da UFRRJ aprovou a política de cotas para travestis e pessoas trans /Foto: Michelle Carneiro – UFRRJ

A Rural se torna então a 17ª universidade pública brasileira, já que antes dela 11 universidades federais e quatro estaduais adotaram uma política afirmativa para esse mesmo grupo. No momento que as cotas foram aprovadas, o reitor da UFRRJ Roberto Rodrigues, destacou a importância de adotar a medida. “A convivência com a diferença nos faz aprender, e a Rural está aprendendo a viver com as diversidades que a compõem. Precisamos defender essa inclusão”, disse.

A proposta aprovada pela UFRRJ é de que 3% das vagas serão destinadas a candidates, candidatas e candidatos que se autodeclararem travestis ou pessoas trans, sem interferir nas vagas destinadas ampla concorrência ou de outras políticas de cotas.

Junto da autodeclaração também será feita uma análise de documentos solicitados para avaliar, se por exemplo, o/a postulante tem Carteira de Identidade Nacional com nome social. Além disso, os candidatos serão escolhidos usando como base a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), mas a partir de um edital específico.

Leia também: UFF é a primeira universidade federal do Rio a criar cotas para pessoas trans

Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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