Três mulheres com histórias parecidas apresentaram novas denúncias contra o vereador carioca Gabriel Monteiro (PL). As vítimas relataram às autoridades que as relações começaram de forma consentida, mas terminaram em violência. As informações foram veiculadas no Fantástico do último domingo (3).
Uma das vítimas, que não foi identificada pra não sofrer represálias, disse que conheceu Monteiro através de um aplicativo e mantiveram relação consensual durante algum tempo. No entanto, a mulher negou um pedido do vereador e foi violentada. “Antes do ato em si, ele disse que não iria por o preservativo. E eu questionei, falei: ‘você tem que colocar, sim, o preservativo’. Nessa hora, ele simplesmente ignorou tudo que eu tinha falado e começou a relação sexual”, afirma a vítima.
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A segunda denúncia partiu de uma mulher que conheceu o vereador antes das eleições, quando ainda era policial militar e ela tinha 16 anos. Segundo ela, Monteiro a convidou para uma festa em sua casa. Porém, ao chegar na casa do então militar, ela percebeu que não havia festa. Ainda de acordo com a vítima, havia outra mulher na casa que também tinha sido convidada pra suposta festa e Gabriel Monteiro a espancou. A mulher disse que a situação se acalmou depois que Monteiro fez um lanche e convidou as mulheres para fazer sexo a três.
“Ele foi e falou: vamos para o quarto. Eu falei: eu não quero. Vamos, vai ser legal, por favor, por favor. Aí ela veio também, me chamou e eu fui. Com medo, porque ele tinha acabado de tentar matar ela na minha frente. Eu fui”, contou a segunda denunciante.
Outra mulher foi ouvida pelo Fantástico e disse que, em 2017, quando o vereador era PM, também foi agredida. Ela disse que já conhecia Monteiro da adolescência e, por isso, começaram o “ficar”. “Logo depois, nós dois decidimos ir pro carro dele que estava do lado da casa de festas”, contou a vítima que continuou. “Começamos o ato sexual, até então consentido, porém, até um certo momento em que ele começou a me dar tapas, socos, a me filmar com o telefone. O tempo inteiro eu empurrava o celular, mas ele, mesmo assim, me filmava, tentava filmar minhas partes e meu rosto. Eu comecei a gritar muito e ele pegou a arma e colocou a arma no freio de mão. Próximo ao freio de mão. E eu comecei a me debater, me debatia. Só que ele conseguiu fazer a penetração, tudo, sem camisinha. E, um certo momento, ele colocou a arma na minha cabeça mandando eu ficar quieta”, contou ao Fantástico.
Em nota enviada ao Fantástico, o parlamentar disse que “se trata de uma acusação frágil, sem datas, nomes, documentos, ou qualquer outro indício de materialidade. E que nega categoricamente ter cometido qualquer crime desta e de qualquer outra natureza”, escreveu.
Na última semana, o vereador se filiou ao Partido Liberal, mesmo do presidente Jair Bolsonaro, e do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
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