De acordo com dados do Ministério do Trabalho divulgados nesta terça-feira (28), data em que se comemora o Dia Nacional do Combate ao Trabalho Escravo, 65,6 mil pessoas foram resgatadas em condições de trabalho análogas à escravidão no Brasil nos últimos 30 anos, em 8.483 ações fiscais em todo o país.
Os resgates dessas possoas são feitos pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel, coordenado pelo Ministério do Trabalho, além das unidades regionais do órgão nos estados, a partir de denúncias e investigações.
Os dados divulgados pelo ministério constam desde quando a existência de formas contemporâneas de escravidão foi reconhecida oficialmente. Ou seja, desde 1995.
No último ano as denúncias de trabalho escravo no Disque 100 bateu recorde, mas o resgate de pessoas nessas consdições não. Apesar de ter recebido pelo menos 3.959 denúncias pelo canal em 2024, 15% a mais do recebido em 2023, apenas 2.004 trabalhadores submetidos a essas condições, foram resgatados em realizou 1.035 ações fiscais específicas de combate ao trabalho análogo à escravidão.
A maior parte dos resgates aconteceu em Minas Gerais (500), São Paulo (467) e Bahia (198). Seguidos por Goiás (155); Pernambuco (137) e Mato Grosso do Sul (105).
Já a maioria dos resgates aconteceu em construção de edifícios (293); cultivo de café (214); Cultivo de cebola (194); serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita (120) e horticultura, exceto morango (84). Os dados são Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE).
O ano com maior quantidade de pessoas resgatadas foi 2007, com 6.025 pessoas retiradas dessas condições, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O segundo maior foi 2003 com 5.222 pessoas resgatadas e depois 2008, com 5.045 pessoas.
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