Terreiros de Magé promove encontro para religiões de matrizes africanas

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No sábado, 6 de maio, a Baixada Fluminense será palco do ‘Encontro de Povos de Terreiro de Magé’. O evento tem como objetivo promover o aprofundamento de assuntos relevantes para as comunidades de terreiros e conscientizar sobre a importância de um levantamento estatístico das instituições que professam religiões de matrizes africanas e afro-brasileiras no município de Magé.

O encontro será organizado pelo Instituto Carta Magna da Umbanda e terá início às 9h. Estão previstas diversas atividades, como palestras, apresentações culturais, feira de artesanato, espaço gastronômico e homenagens.

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Encontro de Povos de Terreiro de Magé quer aprofundar assuntos relevantes para as comunidades de terreiros. Foto: Luiz Alves

A Praça da Cultura, localizada na Rua Expedicionário Otacílio de Souza, no bairro Fragoso, em Magé – RJ, será o local do evento. Para obter mais informações, entre em contato pelos números: 21 98479-4501 (Pai Marcelo de Xangô) ou 96998-0572 (Pai Waguinho Macumba).

Sobre os Povos de Terreiros

Os povos de terreiro, também conhecidos como religiões de matriz africana e afro-brasileira, têm uma história de luta e resistência no Brasil desde a época da escravidão. Na Baixada Fluminense e no Rio de Janeiro, essa história é especialmente significativa, pois essas regiões foram importantes centros de culto e resistência durante a escravidão e, posteriormente, durante a luta contra a discriminação e a intolerância religiosa.

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Na década de 1930, a umbanda começou a se difundir na Baixada Fluminense, principalmente em Duque de Caxias e Nova Iguaçu. A partir daí, outras religiões de matriz africana também se consolidaram na região, como o candomblé e o tambor de mina. Nos anos 60 e 70, com a urbanização e a migração de pessoas para a região, houve uma intensificação da presença dessas religiões na Baixada e no Rio de Janeiro.

No entanto, mesmo com o crescimento e a consolidação das religiões de matriz africana e afro-brasileira na região, elas continuaram a ser alvo de discriminação e perseguição. Muitos terreiros foram fechados e seus líderes foram presos ou expulsos de suas comunidades. A luta contra a intolerância religiosa é, portanto, uma parte fundamental da história dos povos de terreiro na Baixada Fluminense e no Rio de Janeiro.

Atualmente, há uma forte mobilização por parte dos povos de terreiro para garantir seus direitos e promover o respeito à diversidade religiosa. O Encontro de Povos de Terreiro de Magé é um exemplo de iniciativa que busca fortalecer essa luta e conscientizar a sociedade sobre a importância dessas religiões para a cultura brasileira.

Jerson Pita

Jerson Pita

Jornalista, marqueteiro, pesquisador e periférico. Cria de Duque de Caxias, escreve sobre entretenimento, sociedade e esportes. No mestrado, pesquisa a autoridade jornalística e a migração da mídia tradicional para o Youtube.

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