Em entrevista ao NP Notícias, conduzida pela jornalista Thaís Bernardes, o ministro Silvio Almeida abordou as acusações de assédio sexual que têm circulado na mídia, destacando a importância da presunção de inocência e denunciando distorções no caso. “Nunca houve 14 vítimas. Isso foi um erro jornalístico que virou fake news”, afirmou Almeida na quarta-feira (30), referindo-se a uma notícia inicial que, segundo ele, foi desmentida, mas não com o mesmo destaque.
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Sobre o equilíbrio entre a palavra da vítima e o direito à defesa, o ministro foi enfático: “Dizer que a palavra da vítima tem peso é importante, especialmente em crimes sexuais, onde historicamente as mulheres não eram consideradas confiáveis. Mas isso não pode fragilizar a presunção de inocência ou o contraditório”. Ele criticou setores progressistas que, em sua visão, negaram seu direito a um julgamento justo.
Thaís Bernardes questionou sobre a postura de Almeida diante das acusações. O ministro explicou que a investigação é sigilosa e que sua defesa está sendo feita nos canais adequados. “Para mim, o sigilo até me prejudica, pois as pessoas não veem o teor real do caso. Mas respeito a lei e vou me defender até o fim”, disse. Ele também mencionou possíveis conflitos de interesse por trás das denúncias, destacando que uma organização, a MeToo Brasil, teria incentivado acusações sem provas.

Almeida relacionou sua situação a um padrão histórico de criminalização de homens negros. “Não sou o primeiro a passar por isso. Martin Luther King, Nelson Mandela e outros enfrentaram acusações semelhantes”, observou, citando autores como Angela Davis e Bell Hooks para reforçar como a masculinidade negra é estereotipada:
“A honra de um homem negro está na resistência, não na reputação”, declarou, emocionado.
Ao final, Silvio Almeida reforçou seu compromisso com a justiça e a luta por igualdade. “Vou continuar resistindo, estudando e ajudando a construir um país melhor. Minha vida segue, e a verdade prevalecerá”, concluiu, deixando em aberto uma possível volta à vida pública no futuro. A entrevista completa está disponível no canal do NP Notícias no YouTube.
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