Senado aprova projeto que institui Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas

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O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (21), o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas do país. A imunização não será obrigatória, e escolas particulares também podem aderir ao programa. Os alunos do ensino infantil e fundamental vão receber as doses previstas no cronograma de vacinação nacional, e o texto segue para a sanção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O projeto prevê que equipes de saúde próximas se desloquem até as escolas durante as campanhas nacionais de imunização. Segundo um estudo conduzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 154 milhões de vidas foram salvas através da vacinação em todo mundo nos últimos anos, destacando a importância das vacinas.

Após a aprovação no Senado, o texto segue para o presidente, para sanção /Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

A pesquisa mostra que a vacina do sarampo teve o impacto mais significativo na redução de óbitos infantis, representando 60% das vidas salvas. Para OMS, essa vacina “provavelmente seguirá sendo a que mais contribui para prevenir mortes”, mas está preocupada, já que em 2022 faltou pelo menos uma dose para 33 milhões de crianças”.

Senadores de oposição tentaram retirar o trecho que obrigava as instituições de ensino a produzirem uma lista com o nome dos alunos não vacinados. Foram contra: Cleitinho (Republicanos-MG), Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Rogério Marinho (PL-RN). O governo, porém, decidiu firmar acordo para aprovar o texto como estava, para que ele não precisasse voltar à Câmara dos Deputados e, em contrapartida, Lula vetará o trecho citado.

A OMS alerta que que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contabiliza um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023. O diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus fala sobre a importância da vacinação da varíola.

“Graças às vacinas, a varíola foi erradicada, a poliomielite está à beira do abismo e, com o desenvolvimento mais recente de vacinas contra doenças como malária e câncer de colo de útero, estamos empurrando para trás as fronteiras da doença. Com pesquisa, investimento e colaboração contínuos, podemos salvar milhões de vidas hoje e nos próximos 50 anos”, conta ele.

Leia também: De acordo com estudo da OMS, vacinas salvaram 154 milhões de vidas em 50 anos

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