“Racismo não é liberdade de expressão”: Portela rebate comentários sobre passista mirim da escola de samba

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A Portela emitiu nota de repúdio nesta quarta-feira (15), sobre comentários racistas feitos contra uma passista mirim da escola de samba, em um vídeo no Instagram. “Se perguntar quanto é 5×7 não sabe”, diz um dos comentários que causaram repúdio na instituição e nos integrantes. A rainha de bateria, Bianca Monteiro também reagiu e repudiou o vídeo.

A Portela informou que o departamento jurídico foi acionado e tomará as atitudes cabíveis para que os responsáveis paguem pelos seus atos. A nota afirmou: “Racismo não é liberdade de expressão. É crime!”. Confira no fim da matéria a nota na íntegra.

A Portela informou que o departamento jurídico foi acionado e tomara as atitudes cabíveis para que os responsáveis paguem pelos seus atos – Foto: reprodução redes sociais.

A rainha de bateria, Bianca Monteiro repudiou os comentários ofensivos e informou que há preconceito e falta de informação, pois as crianças precisam estar em dia com compromissos escolares para desfilar nas escolas de samba.

O vídeo em questão mostra as passistas mirins da escola no ensaio de rua que ocorreu no último domingo (12) em Madureira, zona norte do Rio. No foco do vídeo esta uma passista mirim negra, e o vídeo recebeu mensagens de ódio e preconceito.“Não, não não…tá tudo errado. Para tudo! A menina caucasiana tem que dançar na sua frente. Vai para trás dela pra já ir se acostumando”, publicou uma conta seguida de emoji (simbolos) de risos.

Nota da Portela na íntegra:

“O G.R.E.S. Portela é uma instituição centenária, forjada na luta do povo preto do subúrbio do rio de Janeiro. Historicamente, opõe-se a qualquer forma de preconceito ou discriminação, prezando sempre pelo respeito à diversidade. Neste sentido, manifestamos nosso total repúdio aos insultos racistas proferidos contra uma de nossas passistas mirins em rede social, nos comentários de um vídeo gravado em nosso ensaio de rua realizado no último domingo, 12 de janeiro de 2025.

Este posicionamento de nossa agremiação é um imperativo de cidadania, em respeito a todos os nossos componentes. Se a prática racista é um ato desumano que não pode ser tolerado, a agressão de cunho racial a uma criança precisa de uma resposta de todos que minimamente prezem pelos valores civilizatórios mais básicos.

Aproveitamos para informar que o Departamento jurídico da agremiação foi acionado e tomará as atitudes necessárias para que os responsáveis respondam pelos seus atos. Racismo não é liberdade de expressão. é crime!”

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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