A Conmebol, entidade que comanda o futebol sul – americano e responsável pela Libertadores, abriu um processo disciplinar para investigar mais um caso de racismo. A investigação trata de um torcedor do time Sporting Cristal que direcionou gestos racistas à torcida do Palmeiras durante o jogo de estreia da fase de grupos da CONMEBOL Libertadores, na última quinta-feira (03), em Lima (Peru).
Após a partida que terminou com a vitória do Palmeiras por 3 a 2, um peruano foi flagrado na arquibancada imitando um macaco em direção aos torcedores do time rival. O registro do ataque racista foi feito pelo torcedor Rodrigo Wirth e publicado nas redes sociais.

O código Disciplinar da Conmebol possui um artigo que trata exclusivamente de episódios de discriminação. No artigo 15 é previsto multa de pelo menos 100 mil dólares para clubes “cujos torcedores insultarem ou atentarem contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivo a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem”, em caso de residência, a multa pode chegar a 400mil dólares para o infrator.
Além da multa, o clube pode ser punido de outras formas, como: proibição de entrada de torcedores, sanção de jogar um ou vários jogos com os portões fechados e exposição de mensagens contra a discriminação.
Infelizmente não é a primeira vez que o time do Palmeiras sofre algum ataque racista em campo. Depois do ocorrido, o Clube através de nota repudiou o novo caso de racismo sofrido, dizendo “ser desgastante a reincidência dos casos”, e também alertou que as medidas adotadas até agora são inadequadas e insuficientes para combater os episódios de discriminação racial ocorridos nos jogos.
O clube ressaltou a importância de tomar novas providências: “Que o Sporting Cristal, as autoridades de segurança pública do Peru e a Conmebol tomem as devidas providências; do contrário, gestos como aos que assistimos hoje continuarão se repetindo, com a bênção da impunidade”.
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