Uma pesquisa chamada Perfil Social, Racial e de Gênero das 1.100 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas, realizado pelo Instituto Ethos, aponta que 93,8% dos Conselhos de Administração de empresas brasileiras ainda são compostos por pessoas brancas. Enquanto isso, pessoas negras estão mais no no Quadro Funcional.
Dados da pesquisa também mostram que a baixa representatividade de mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência e das pessoas LGBTI+, continua.
Durante o lançamento dos dados, a ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, falou sobre a importância do estudo.
“O Perfil evidencia que ainda há um nível muito grande de desigualdades de pessoas negras, por exemplo, sobretudo mulheres negras, no ambiente corporativo. O estudo mostra um cenário que merece atenção: na posição de trainee e estágio, há uma quantidade de mulheres muito maior do que em posições de liderança. Ou seja, as empresas trabalham para que essas pessoas sejam contratadas, mas faltam ações para que elas permaneçam e possam crescer na empresa. As pessoas negras comprovam diariamente que são capacitadas para qualquer cargo, isso está mais do que provado, desde que haja oportunidades e a possibilidade de permanência”, destacou.
Além disso o estudo do Instituto Ethos aponta que ao avaliar as empresas brasileiras, é notado um nível de diversidade muito maior nos cargos de entrada, diferente das posições de liderança, o que aponta segundo o texto, um fenômeno denominado “degrau quebrado”, de acordo com a psicóloga Monique Stony.
“Observa-se, assim, a prevalência do perfil considerado “padrão na sociedade” (homem branco, sem deficiência, 45 anos ou mais, provavelmente cis e heterossexual), que ainda é a maioria nos principais espaços de tomada de decisão”, diz a pesquisa.
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