Quantidade de pessoas refugiadas no Brasil aumenta mais de 117% em 2023, aponta relatório

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No Brasil, cerca de 143.033 pessoas estavam refugiadas em 2023. Os dados são de um relatório do Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), que é vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A quantidade representa um aumento de 117,2%, com relação ao ano anterior.

O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), reconheceu no último ano, 77.193 pessoas como
refugiadas no país, o que representa o maior quantitativo da história do sistema de refúgio
brasileiro. O relatório aponta que foi um aumento de 1.232,1%, se comparado aos dados de 2022.

A maior parte das solicitações de 2023 eram de crianças e adolescentes com até 18 anos (44,3%) /Foto: Marcelo Camargo – Agência Brasil

A maior parte dos refugiados reconhecidos, são venezuelanos (97,5%) e cubanos (1,2%), e principalmente homens, representando 51,7% das solicitações aceitas, enquanto 47,6% eram mulheres. Com relação a idade, a maior parte foram crianças e adolescentes com até 18 anos (44,3%).

Mas o relatório também destaca que outras nacionalidades resolveram vir para o Brasil como refugiadas. “O ano de 2023 marcou ainda a presença mais expressiva de nacionalidades, até então pouco representativas, como os vietnamitas, os nepaleses, e os indianos entre os principais grupos de pessoas solicitantes de reconhecimento da condição refugiado no Brasil“.

Durante a análise dos dados levantados, a OBMigra aponta que o relatório referente a 2023 não só “reforçou o protagonismo da fronteira Norte do Brasil para a estruturação do cenário interno do refúgio no País” mas também “reafirmou a conexão destas dinâmicas com a organização dos fluxos intrarregionais de mobilidade humana forçada na América Latina“.

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Bárbara Souza

Bárbara Souza

Carioca da gema, criada em uma cidade litorânea do interior do estado, retornou à capital para concluir a graduação. Formada em Jornalismo em 2021, possui experiência em jornalismo digital, escrita e redes sociais e dança nas horas vagas. Se empenha na construção de uma comunicação preta e antirracista.

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