Giroblack promove as danças urbanas como forma de transformação social por meio de plataforma com inscrições abertas
O projeto sociocultural Giroblack, que faz um raio X sobre os artistas urbanos no Rio de Janeiro, está desenvolvendo um estudo sobre as danças urbanas na capital fluminense, dentro do seu propósito de promovê-las como forma de transformação social.
Todos os dançarinos/performers, grupos, professores e coreógrafos de funk, passinho, heels, vogue, jazz funk, dança charme, dancehall, hip hop (com todos seus estilos), estão convidados a preencherem o formulário online aberto até o dia 7 de dezembro.
Para se cadastrar, acesse https://linktr.ee/giroblack
Dicionário das danças urbanas
A iniciativa engloba um amplo esforço de pesquisa e fará parte de uma plataforma com informações sobre o universo das danças urbanas. A redação é formada por jovens do Complexo da Penha, que está catalogando os grupos, dançarinos e coreógrafos de danças urbanas da cidade.
A pesquisa vai resultar na produção de um dicionário com portfólio online dos participantes, seu histórico de atuação (minibios), agenda de espetáculos, batalhas, showcases e demais ações. Os participantes também vão poder divulgar os espaços onde dão aulas, além de suas e suas redes sociais. Tudo gratuitamente. Os redatores do site são os alunos das oficinas de jornalismo digital do Giroblack, projeto viabilizado pelo edital Fomento à Cultura Carioca, da Secretaria Municipal de Cultura e da Prefeitura do Rio de Janeiro.
Início do projeto
O projeto começou com oficinas oferecidas a jovens de 15 a 24 anos dos morros Caixa d´Água, Fé e Sereno, no Complexo da Penha. As oficinas ocorreram na ong Arte Transformadora e na Arena Dicró, localizadas na Penha. As suas frentes de atuação incluíram o ensino de jornalismo digital, danças urbanas, dança como forma de inclusão e história das danças urbanas.
Na Arena Dicró, foram ministradas oficinas de dança e inclusão, com duas professoras cegas, uma delas com baixa audição, uma cadeirante e um professor surdo.
“O objetivo dessas oficinas foi proporcionar a sensibilização em dança pela experiência destes professores. Como um cadeirante, um cego, um cego com baixa audição e um surdo podem se expressar pela dança? Essa experiência foi proporcionada durante as oficinas“, conta Andrea Lua, criadora do projeto, editora-chefe do site e professora das oficinas de jornalismo.
As oficinas de jornalismo digital capacitaram os alunos a apurar, pesquisar, elaborar boas pautas e entrevistas, descobrir bons personagens, produzir matérias e textos de qualidade para o site do projeto e noções sobre SEO.
“Com os jovens colocando em prática todo o aprendizado das oficinas, o site pretende ser um espaço democrático das danças urbanas, com perspectivas de geração de renda para eles“, destaca.
As oficinas de dança proporcionaram a criação de um núcleo de danças urbanas na região, tão carente de iniciativas culturais. O grupo de dança Giroblack é formado por 12 jovens e, no futuro, se apresentará por temporadas. A sua estreia foi na Arena Dicró, em fevereiro.
Lançamento
O lançamento do site www.giroblack.com será no dia 9 de dezembro, às 10h, na Concha Acústica da Basílica da Penha, no Largo da Penha, 19. Na ocasião, o grupo de danças urbanas do projeto vai apresentar um showcase, com quadros de dança charme, hip hop e passinho.
Instagram: @giroblack_
Ficha técnica:
Andrea Lua – criadora do projeto, editora-chefe do site e professora das oficinas de jornalismo
Marcus Azevedo – diretor artístico do showcase e professor de dança charme
Dandara Azevedo – professora de funk e passinho foda
Flávio Soul – professor de hip hop
Betânia Silva (cadeirante), Jhonny “Surdinho” Souza, Sandra Santos e Renata Monnier (cegas) – dançarinos professores das oficinas de dança e inclusão
R.U.A. 21 – equipe de fotos e vídeos
Leia também: Creche no Complexo do Alemão (RJ) recebe projeto de literatura feminista