O Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar) prorrogaram as inscrições para o concurso que vai escolher o projeto para a construção do novo Centro Cultural Rio-África, localizado na região da Pequena África e do Cais do Valongo, Zona Portuária do Rio de Janeiro. Agora, os interessados têm até dia 13 de setembro.
O concurso é voltado para para arquitetos negros brasileiros e africanos de língua oficial portuguesa com assento no Conselho Internacional de Arquitetos de Língua Portuguesa (CIALP) e selecionará o projeto com melhor solução técnica para a implementação do Centro Cultural Rio-África.
O objetivo do certame é contribuir para que a população carioca e os visitantes do Porto Maravilha e da Pequena África conheçam a história, os personagens e o desenvolvimento urbano desse território, além de promover a arte e cultura contemporânea afro-brasileira e afro diaspórica.
Inscrições: concursorioafrica.org.br
Para a produção do projeto os participantes deverão levar em consideração algumas linhas de pesquisa de conteúdo e formação de acervo no circuito expositivo a ser proposto para o Centro Cultural Rio-África como Memória, História e Cultura daqueles que por ali passaram e ali viveram; Arte afro-brasileira; Presença cultural afro-brasileira nas manifestações culturais; Território, destacando as diversas transformações espaciais da zona portuária.
Ao todo, serão distribuídos R$105 mil aos três primeiros colocados e o grande vencedor será contratado para o desenvolvimento do projeto de mais de R$3 milhões. O objetivo é ter, no Centro Cultural Rio-África, ações que produzam e provoquem interpretações sobre a ancestralidade afro-diaspórica, a cultura, o passado e o futuro da região portuária. Serão realizadas exposições, mostras e programas educativos para o público compreender a região de maneira sensível e crítica.
“O Cais do Valongo é um espaço de história e resistência do povo negro carioca e nada mais justo que realizar esse concurso voltado para os arquitetos negros e negras. Direcionar dessa forma é oportunizar a esses profissionais a realização de um projeto que reflete, de certa forma, o passado de cada uma dessas pessoas e também seus futuros”, pontua Marllon Sevilha, coordenador do concurso.
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