Pressão popular aumenta assinaturas de parlamentares em PEC pelo fim da escala 6×1

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Erika Hilton encabeçou a lista de assinaturas da PEC - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Nos últimos dias, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que visa o fim da escala de trabalho 6×1 ganhou mais destaque no cenário político e apoio popular. Nesta segunda-feira (11) a proposta avançou para 134 parlamentares, que até a última sexta-feira (08), possuia apenas 70 assinaturas. Encabeçada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) a pedido de Rick Azevedo, fundador do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), a PEC propõe reduzir a jornada de trabalho de 44 horas para 36 horas semanais, sem mudanças no valor salarial dos trabalhadores.

A proposta é vista como uma forma de melhorar a qualidade de vida dos empregados, promovendo um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. É necessária a quantidade de 171 assinaturas para a proposta tramitar na Câmara dos Deputados e se tornar pauta oficial.

Atualmente, a escala 6×1, na qual o trabalhador atua seis dias seguidos e tem direito a um dia de descanso, é comum em setores como comércio, indústrias, supermercados e restaurantes. No entanto, para muitos trabalhadores, esse modelo é exaustivo e impacta negativamente a saúde física e mental. A PEC busca permitir que a jornada semanal seja distribuída em apenas quatro dias, mantendo o limite de 8 horas diárias.

Avanço da proposta

Apesar do apoio popular, a PEC ainda precisa de 171 assinaturas de deputados para iniciar sua tramitação oficial no Congresso. Até a última atualização, a deputada Erika Hilton conseguiu o apoio de 134 parlamentares, com partidos da esquerda como PSOL, PT, PCdoB e PDT liderando a adesão. A mobilização nas redes sociais tem sido um fator decisivo para pressionar os deputados.

O avanço da PEC tem sido impulsionado por uma forte mobilização social, com destaque para a atuação do movimento Vida Além do Trabalho (VAT), responsável por apresentar a proposta à deputada Erika Hilton. Nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), o tema ganhou grande visibilidade, com milhões de assinaturas em petições online e campanhas incentivando parlamentares a aderirem à causa.

Uma petição online já ultrapassou a marca de 1,6 milhão de assinaturas em apoio à proposta, refletindo a insatisfação dos trabalhadores com a atual carga horária.

Embora ainda faltem algumas assinaturas para que a proposta comece a tramitar formalmente, o apoio crescente de partidos de esquerda e figuras importantes como o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), tem aumentado as chances de a PEC chegar à pauta do Congresso nas próximas semanas. Além disso, a pressão popular sobre deputados de direita, que até então resistiam à proposta, está tornando o debate mais amplo e difícil de ser ignorado no cenário político.

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