Nesta terça-feira (31), o produtor cultural Ângelo Gustavo, de 28 anos, foi absolvido da condenação de roubo de um carro no ano passado, no Rio de Janeiro. Uma audiência do Quarto Grupo de Câmaras Criminais reviu a condenação em segunda instância e, ainda assim, quatro desembargadores votaram pela absolvição e três contra.
O último desembargador a votar enfatizou a falta de provas, a ausência da suposta foto que embasou a condenação e falou ainda da fragilidade de uma declaração da vítima que afirmava que Gustavo era o autor do crime mesmo não tendo sequer estado na presença do suposto autor por tempo e distância suficiente para a alegação.
Racismo no reconhecimento fotográfico
O produtor cultural Ângelo Gustavo foi preso no ano passado acusado de participar de um roubo de um carro. Na ocasião, a família e a Comissão de Direitos da OAB afirmavam a inocência de Gugu, como é conhecido, e listaram uma série de erros e falhas no reconhecimento feito na investigação do caso.
Um dos argumentos dos familiares é que no dia do crime Ângelo estava na igreja. Além disso, o produtor cultural se recuperava de uma cirurgia no pulmão. Além desses desencontros de informações, Ângelo nunca foi ouvido durante as investigações e a família garante que a única forma de ele ter sido preso foi através do reconhecimento fotográfico em uma investigação paralela feita somente com o dono do veículo roubado.