Presidente do Miss Universo justifica derrota da Miss Costa do Marfim a restrições de visto: “passaria um ano dentro de um apartamento”

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O presidente do concurso Miss Universo, Raul Rocha Canthu, afirmou durante uma transmissão ao vivo que o passaporte das candidatas é um critério relevante na escolha da campeã. A fala, que rapidamente gerou críticas, ocorreu enquanto ele explicava os motivos pelos quais Olivia Yacé, Miss Costa do Marfim, não venceu a competição, apesar de ser considerada uma das grandes favoritas.

Existem muitas coisas que são valorizadas. Podem checar no Google e procurar quantos países pedem visto a pessoas da Costa do Marfim. São 175 países”, disse Canthu. Ele completou afirmando que o trabalho da Miss Universo exige viagens constantes e que, por isso, uma candidata com tantas restrições de visto teria dificuldades para cumprir a agenda. “O trabalho da Miss Universo dura um ano, então ela seria a Miss Universo que passa um ano inteiro dentro de um apartamento.”

A declaração provocou polêmica porque a nacionalidade das concorrentes nunca foi apresentada oficialmente como um critério de avaliação. A situação reacendeu debates sobre transparência, inclusão e imparcialidade nas decisões do concurso.

Declarações de Raul Rocha Cantú explicam por que Olivia Yacé, representante da Costa do Marfim favorita do público e do júri, perdeu a coroa  |  Foto: Reprodução/Instagram

A coroação da vencedora também foi alvo de questionamentos. Fátima Bosch, representante do México, foi anunciada Miss Universo no dia 21 de novembro, mas internautas levantaram dúvidas sobre possíveis conflitos de interesse, já que o pai da modelo, Bernardo Bosch, mantém uma parceria de negócios com a Legacy Group, empresa ligada a Raul Rocha Canthu.

Na segunda feira, dia 24, Olivia Yacé anunciou que renunciaria ao título e encerraria qualquer vínculo com o Miss Universo. Ela devolveu a faixa de rainha continental da África e Oceania e afirmou, em nota, que sua decisão estava ligada ao compromisso com seus valores. “Se manter fiel aos meus valores de respeito, dignidade, excelência e oportunidades igualitárias” foi a justificativa apresentada. “É esse comprometimento para ser uma influência positiva que guia minha decisão hoje.”

A Miss Estônia, Brigitta Schaback, 28, também comunicou no domingo, dia 23, que está deixando o Miss Universo Estônia por não concordar com a conduta de sua diretoria nacional, ampliando ainda mais a crise que envolve o concurso.

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