O Natal é uma das épocas mais intensas do ano para o consumo no Brasil, mas para onde vai o dinheiro dos consumidores costuma variar entre presentes, alimentação e serviços como transporte. Pesquisas recentes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), da Fecomércio e de institutos especializados ajudam a traçar esse perfil de gastos.
Segundo a CNDL com o SPC Brasil, a previsão é de que o Natal de 2025 movimente cerca de R$ 84,9 bilhões no varejo nacional, com 76% dos consumidores planejando comprar presentes. A média de itens comprados por pessoa deve ser de quatro presentes, chegando a cinco entre as classes A e B, com ticket médio de R$ 174 por item. Isso mostra que a compra de presentes segue como principal destino do dinheiro no fim de ano.
Dentro dessa lógica, a preferência dos brasileiros recai principalmente sobre roupas, perfumes, calçados e brinquedos, itens que lideram as intenções de compra natalina. Além disso, 43% dos consumidores disseram que estão pensando em substituir presentes materiais por experiências, como viagens, jantares ou shows, o que pode sinalizar uma mudança nos padrões de consumo, embora ainda vinculada ao gasto das festas.
Por outro lado, a alimentação também representa uma fatia importante no orçamento natalino. Levantamentos da Fecomércio-SP apontam que a ceia de Natal tende a ficar cerca de 10% mais cara, com itens tradicionais sofrendo reajustes de preço acima da inflação, o que pressiona famílias a dedicarem mais recursos à compra de alimentos para a confraternização.
Quanto ao transporte e viagens, embora não seja o principal item de despesa, há uma tendência de parte dos consumidores reservar parte do orçamento para deslocamentos no fim de ano, especialmente para quem celebra com familiares em outras cidades. Pesquisas de comportamento anteriores indicam que viagens representam uma parcela crescente dentro das intenções de gasto, ainda que menor que presentes e ceias.
No conjunto, os dados de consumo no Natal revelam que presentes lideram os gastos, seguidos de perto pela alimentação festiva, com transporte e experiências ficando em posições secundárias. Esse padrão reflete tanto tradições culturais quanto as prioridades de consumo que moldam o fim de ano do brasileiro.
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