Nesta segunda-feira (12) marcado como o Dia Nacional dos Direitos Humanos, organizações políticas se preparam para a 3ª Mostra Nacional da Produção das Margaridas, que será realizada de 16 a 18 de agosto, no Eixo Cultural Ibero-Americano, em Brasília (DF). O evento tem a missão de dar visibilidade à produção das mulheres trabalhadoras rurais do campo, da floresta e das águas de todo Brasil.
Cerca de 200 expositoras agricultoras familiares, indígenas, quilombolas e demais representantes de povos e comunidades tradicionais estarão presentes e reafirmam que as Margaridas seguem em marcha e produzindo alimentos saudáveis agroecológicos, agricultura familiar, artesanatos e cultura em todo o país.
A coordenadora geral da Marcha das Margaridas e secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Mazé Morais explica o funcionamento do evento.
“A mostra será um espaço de comercialização, promoção e divulgação dos produtos provenientes dos grupos das mulheres, com muita diversidade, combinando alimentos, fitoterápicos e artesanatos, além de muito conhecimento acumulado e passado há muitas gerações. Sem dúvidas, será uma experiência única e transformadora”, disse Mazé.
A realização da mostra dialoga diretamente com o eixo político da Marcha das Margaridas: “Autonomia Econômica, inclusão produtiva, trabalho e renda”, que procura justamente visibilizar e valorizar o trabalho produtivo realizado pelas mulheres. A realização é da CONTAG, com o apoio das Federações e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais filiados e das organizações parceiras da Marcha das Margaridas.
Marcha das Margaridas
Marcha das Margaridas é uma ampla ação estratégica das mulheres do campo e da floresta, promovida pela Contag, Federações e Sindicatos que se consolidou na agenda do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais – MSTTR e de diferentes organizações parceiras movimentos e organizações feministas e de mulheres trabalhadoras e centrais Sindicais e organizações internacionais que articulam e mobilizam mulheres em torno de diferentes questões.
Margarida Maria Alves
Margarida Maria Alves foi figura central na defesa dos direitos humanos e trabalhistas no Brasil. Nascida em Alagoa Grande, Paraíba, dedicou sua vida à luta por justiça social e melhores condições para os trabalhadores rurais. Em 12 de agosto de 1983, Margarida foi brutalmente assassinada em frente à sua casa, em um crime encomendado por fazendeiros locais. Seu legado vive na luta contínua por justiça e igualdade.
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