A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou nesta terça-feira (04) o reajuste máximo de 6,91% no preço dos planos de saúde individual e familiar. O reajuste poderá impactar quase 8 milhões de beneficiários, cerca de 15,6% dos 51 milhões de consumidores de planos de saúde no Brasil.
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A mudança terá validade de maio de 2024 (retroativo) até abril de 2025 para os contratos. Os planos coletivos ou empresariais não são regulamentados pela ANS e, sendo assim, não seguem esse teto de aumento.
“O índice definido pela ANS para 2024 reflete a variação das despesas assistenciais ocorridas em 2023 em comparação com as despesas assistenciais de 2022 dos beneficiários de planos de saúde individuais e familiares. Quando falamos de planos de saúde, a variação de despesas está diretamente associada à variação de custos dos procedimentos e à frequência de utilização dos serviços de saúde”, explica o diretor-presidente da ANS, Paulo Rebello.
Conforme a nota divulgada pela agência, para chegar ao percentual de 2024, a ANS utilizou a metodologia de cálculo que vem sendo aplicada desde 2019, que combina a variação das despesas assistenciais com o IPCA, descontado pelo plano de saúde.
“Os dados utilizados para o reajuste foram verificados pela Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, a qual expressou sua concordância com o cálculo, destacando ainda sua adequação à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro das operadoras. Importante ressaltar também que essa metodologia é baseada na variação das despesas médicas“, declara o diretor de normas e habilitação dos produtos, Alexandre Fioranelli.
Segundo a ANS, as despesas assistenciais per capita nos planos individuais regulamentados tiveram crescimento de 10,16% em 2023, comparado a 2022. Essa variação reflete o aumento dos preços dos serviços e insumos de saúde.
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