PEC contra escala 6×1 ultrapassa número necessário de assinaturas e poderá ser discutida no Congresso

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“Graças à mobilização da sociedade, em todo Brasil, ultrapassamos as 171 assinaturas necessárias para protocolar a PEC contra a Escala 6×1 e já nos aproximamos de 200 signatários e co-autores”, anunciou Érika Hilton nessa terça-feira (13), sobre o projeto que pretende acabar com o modelo em que se trabalha 6 dias e só tem apenas 1 de folga. Agora a medida poderá tramitar e ser votada na Câmara e no Senado para se ganhar, virar realidade.

Segundo os autores da proposta, a escala 6×1 suga e adoece o trabalhador e mantém o país na vanguarda do atraso, pois faz a produtividade do funcionário e da empresa ser menor. Com fim da escala 6×1 traria ao trabalhador mais tempo para resolver questões pessoais, como ir ao médico, cuidar da casa, dos filhos, ir ao banco, que não fosse de uma maneira corrida como acontece quando se tem apenas um dia de folga.

PEC deverá tramitar no Congresso /Foto: Agência Brasil

“Para fortalecer nossa luta e evitar tentativas de represálias, os atos do dia 15 estão mais firmes do que nunca. Conseguimos as assinaturas mínimas para a PEC, mas a luta da classe trabalhadora vai muito além. Esse êxito é nosso. Está sendo histórico”, disse Rick Azevedo, que trouxe o tema como sua principal bandeira de campanha e conseguiu se eleger vereador pelo Psol no Rio de Janeiro em 2024 com 29 mil votos. Acredita-se por ter uma pauta popular, pois teve apenas o sexto orçamento para candidaturas dentro do partido.

Produtividade

Segundo os opositores do partido, majoritariamente políticos da direita e do centro, dizem que reduzindo a jornada de trabalho as empresas teriam prejuízo e o país passaria por uma crise financeira, porém os exemplos do mundo mostram o contrário.

Caso da França

Nos países do centro do capital, como a França, a carga horária semanal máxima é de 36 horas, tendo cidades com média de 29 horas de trabalhos semanais, e mesmo assim possui os índices de produtividade do trabalho acima do Brasil.

Caso do Japão

Após reduzir a semana de trabalho para 4 dias em 2019, a Microsoft do Japão teve um aumento de 40% no faturamento por cada funcionário, este é um exemplo que desmente a falácia dos coachs e liberais, que supõe que menos dias trabalhados gerariam menos renda. Além do aumento da produtividade, a redução da jornada de trabalho geraria mais empregos, distribuição de renda e teria efeito no aumento do consumo das famílias, aumentando a circulação de moeda e criação de valor, que só pode ser feito através do trabalho.

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Thayan Mina

Thayan Mina

Thayan Mina, graduando em jornalismo pela UERJ, é músico e sambista.

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