80% dos brasileiros acreditam que 2026 será melhor do que 2025, índice acima da média global de 71% segundo pesquisa realizada pela Ipsos
Mesmo após um ano marcado por dificuldades econômicas e incertezas sociais, os brasileiros demonstram uma característica que atravessa crises: o otimismo em relação ao futuro. Uma pesquisa global da Ipsos, realizada no fim de 2025, revela que o Brasil está entre os países mais confiantes de que 2026 será melhor do que o ano anterior.
Segundo o levantamento, oito em cada dez brasileiros acreditam que 2026 será um ano melhor do que 2025, percentual acima da média global. O dado chama atenção especialmente porque a mesma pesquisa mostra que mais da metade da população avaliou 2025 como um ano ruim para o país, evidenciando uma leitura crítica do presente, mas esperançosa em relação ao futuro.
O otimismo aparece, sobretudo, quando o assunto é a vida pessoal. Mais da metade dos brasileiros espera ter mais renda disponível em 2026, cerca de 56% esperam índice superior ao registrado em muitos países desenvolvidos. A expectativa de melhora financeira convive, no entanto, com um cenário ainda desafiador: cerca de um terço da população relata dificuldades para fechar as contas, pressionada pelo custo de vida e pela instabilidade econômica.
Especialistas apontam que essa confiança não significa ignorar os problemas, mas reflete uma cultura marcada pela capacidade de projetar mudanças positivas, mesmo em contextos adversos. O fenômeno é recorrente em pesquisas de percepção social e costuma se intensificar na virada do ano, quando expectativas de renovação ganham força.
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O levantamento também indica diferenças geracionais: jovens adultos e mulheres aparecem entre os grupos mais otimistas, sinalizando uma aposta maior em transformações futuras, tanto no campo profissional quanto na qualidade de vida.
As mulheres da Geração Z se destacam como as mais otimistas no país, com 89% acreditando em um ano melhor, seguidas pelas mulheres Baby Boomers, com 88%. Já entre os homens Baby Boomers, apenas 59% compartilham dessa percepção, o menor índice entre os grupos analisados.
