O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, em votação que ocorreu na manhã desta segunda-feira (25). A resolução vai durar do dia 10 de março a 9 de abril, durante o Ramadã, e foi feita por um grupo de dez países rotativos liderada por Moçambique.
O cumprimento do documento é obrigatório, mas a ONU não tem como garantir que os envolvidos acatem a decisão. O Secretário-geral da ONU, António Guterres, intercedeu ao governo israelense para cumprir a decisão. De acordo com Ministério da Saúde da Palestina em boletim do último domingo (24), já morreram 32.226 palestinos desde 7 de outubro.
O ramadã é um período de mais ou menos 30 dias, considerado muito importante para os muçulmanos, no qual realizam jejum e intensificam orações. Apesar da trégua ficar estabelecida nesse período, foi pedido que ela se estenda permanentemente.
Requisitos do documento
- Extensão do cessar-fogo para além do período do Ramadã
- Libertação imediata e incondicional de reféns
- Expansão de ajuda humanitária para Gaza
Os dez países não permanentes do conselho que apresentaram a proposta liderada por Moçambique foram: Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça. Os países com assento permanente são: Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido. A ação recebeu 14 votos a favor e apenas uma abstenção, sendo assim aprovado.
Os Estados Unidos apesar de se absterem na votação, a embaixadora Linda Thomas-Greenfield se posicionou sobre o acordo de cessar-fogo em Gaza:
“Acreditamos que foi importante que o conselho se manifestasse e deixasse claro que qualquer cessar-fogo deve vir acompanhado da libertação de todos os reféns”, diz Linda.
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