No segundo ano do mandato de Tarcísio Freitas (Republicanos), a letalidade policial aumentou 71% em relação ao primeiro semestre do ano passado, no estado de São Paulo. No primeiro semestre de 2024, foram 344 mortes pela polícia militar. No mesmo período em 2023, foram 201 mortes.
Os números são do Grupo de Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo. Foram registradas 296 vítimas mortas por policiais em serviço, no ano passado esse número era 154. AS vítimas de militares de folga em 2024 são ao todo 48 pessoas, em 2023 eram 47 pessoas.
Na Operação Verão iniciada em dezembro de 2023, até sua conclusão, em fevereiro, foram oficialmente registradas 56 mortes, tornando-a mais violenta na história da PM paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992. O número foi questionado por organizações do direitos humanos, que tem estimava de 62 vítimas.
O governador de São Paulo foi questionado sobre uma denúncia contra sua gestão enviada ao Conselho de Direitos Humanos da ONU pela Comissão Arns e a organização Conectas Direitos Humanos. Na época ele desdenhou do caso. “Sinceramente, nós temos muita tranquilidade com o que está sendo feito. E aí o pessoal pode ir na ONU, pode ir na ‘Liga da Justiça’, no raio que o parta, que eu não tô nem aí ”, disse Tarcísio.
Em nota a Secretaria de Segurança de São Paulo se pronunciou sobre o aumento, afirmando que: “São Paulo é o estado com as menores taxas de casos e vítimas de homicídios dolosos do país, sendo também o ente federativo com a menor taxa de mortes intencionais, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Os dados mostram que os indicadores nacionais para casos e vítimas são 3,1 vezes maiores do que a média paulista, enquanto a taxa de mortes intencionais no Brasil é 2,9 vezes mais alta que a estadual“, diz trecho da nota.
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