O ex-BBB e humorista Dilson Alves, conhecido como Nego Di, foi condenado a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. A decisão foi proferida pela Justiça do Rio Grande do Sul e envolve crimes de estelionato cometidos entre março e julho de 2021.
O processo também inclui Anderson Bonetti, apontado como sócio de Nego Di na empreitada. Juntos, eles foram responsabilizados por fraudes que afetaram diretamente 16 pessoas na cidade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

As vítimas foram atraídas por ofertas tentadoras de eletrônicos como televisores e smartphones, anunciados com valores muito abaixo do mercado. Os produtos eram vendidos por meio de uma loja virtual chamada Tad Zoeira, mas nunca eram entregues. Tampouco os consumidores recebiam qualquer tipo de reembolso.
As investigações revelaram que o golpe foi mais amplo do que se imaginava inicialmente. De acordo com o inquérito policial, há indícios de que 370 crimes de estelionato tenham sido praticados, atingindo consumidores em diversas cidades do Estado. As vítimas relataram a mesma experiência: pagamento feito, nenhuma entrega, nenhum retorno.
Entre janeiro e julho de 2022, a conta bancária vinculada à loja movimentou mais de R$ 5 milhões. Os valores entravam e saíam rapidamente, sem qualquer evidência de que tivessem sido utilizados para aquisição de produtos ou devolução de valores. A juíza responsável pelo caso destacou, em sua sentença, que os recursos foram enviados a diferentes destinos, sem justificativa ou comprovação de uso legítimo.
Relembre o caso
Em julho do ano passado, Nego Di e Anderson Bonetti, identificado como proprietário da loja virtual, foram detidos. O humorista obteve habeas corpus em novembro do mesmo ano e responde ao processo em liberdade, com medidas cautelares determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), inclusive a proibição de usar redes sociais. Já Bonetti permanece em prisão preventiva e não poderá recorrer da condenação em liberdade.
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