Distrito Federal registra primeiro caso de racismo após nova lei

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Crime aconteceu 2 dias após presidente Lula sancionar lei que equipara injúria racial a racismo

Na última sexta-feira (13), a conselheira tutelar Marlla Angélica dos Santos, de 39 anos, denunciou um caso de racismo que sofreu de dois homens brancos. O episódio aconteceu quando Marlla chegava em casa de carro, em Águas Claras (DF). 

Enquanto descia do carro para abrir o portão, os homens atravessaram a rua em direção a ela e aos gritos perguntavam se ela não os via. Em seguida a dupla passou a chamá-la de “macaca”, “preta nojenta” e “vagabunda”.

Marlla dos Santos foi vítima de racismo e agressão – Foto: Reprodução/Redes sociais

O filho da conselheira, de 17 anos, estava em casa e saiu para questionar o que estava acontecendo. Foi quando um dos criminosos agrediu o adolescente com um soco no rosto. Quando tentou ajudar o filho, Marlla também foi agredida pelo outro homem, que a puxou pelo cabelo e jogou no chão. Os agressores também ameaçaram mãe e filho de morte.

Em seguida, uma pessoa que passava pela rua segurou um dos homens para impedir que as agressões continuassem. Com a aproximação de outras pessoas, os homens deixaram o local antes da chegada da polícia, que posteriormente os encontrou em um bar do bairro ingerindo bebida alcoólica.

Em entrevista, a vítima afirmou ter ficado sem reação e pensou em não denunciar, mas mudou de ideia após ser incentivada pela família. Sob a denúncia de agressão, ameaça e injúria racial, os criminosos foram presos e liberados em seguida, depois de audiência de custódia. O caso está sendo investigado pela 21ª Delegacia de Polícia, de Taguatinga Sul.

Nova Tipificação Criminal 

Na última quarta-feira (11) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que iguala o crime de injúria racial ao de racismo. Com isso, a prisão para quem cometer sobe de 1 a 3 anos de prisão, para 2 a 5 anos. A pena pode aumentar caso o crime seja cometido por duas ou mais pessoas.

Polianne Lima

Polianne Lima

Polianne Lima é estudante e estagiária de jornalismo na TV Cultura de SP. Nasceu e cresceu no fundão da zona leste e, apesar dos 25 anos, ainda não sabe andar de bicicleta.

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