Última semana do ano de 2021 e, em decorrência da pandemia, o número de pessoas negras que figuram na linha da pobreza aumentou significativamente. No entanto, algumas empresas e entidades se mobilizaram para auxiliar as famílias de grupos vitimizados.
O Movimento Black Money (MBM) é uma das instituições que abraçaram famílias e levou um pouco mais de dignidade a essas pessoas, através do Impactando Vidas Pretas, projeto de apoio emergencial a pessoas negras em situação de vulnerabilidade socioeconômica na pandemia liderado pelo MBM.
Para Alan Soares, CSO e co-fundador do Movimento, o Impactando Vidas Pretas está focado em auxiliar os mais vulneráveis. “Ao todo, foram mais de 500 famílias abraçadas pelo Impactando durante toda a pandemia. Neste final de ano, conseguimos que mais 100 famílias recebessem os Cartões de débito recarregável do D’Black Bank, fintech focada na população afrodescendente”, afirma.
Renda Básica Universal
Um levantamento realizado pela Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) aponta que 11% da população latino americana encontra-se abaixo da linha da pobreza e, dentre esse percentual, a grande maioria são de pessoas pretas. Além disso, nos últimos dois anos, o poder de compra do brasileiro está entre os 50 mais baixos, dentre 138 países pesquisados.
Alan Soares ressalta que o projeto é uma das ações sociais do MBM e visa, justamente, apoiar essa camada que foi mais afetada nos últimos meses. “O Impactando Vidas Pretas é nosso braço de negócios para apoiar essas famílias. Comprando no Mercado Black Money, nosso Marketplace voltado exclusivamente para afroempreendedores, ou adquirindo o Cartão Credicard ON MBM, você ajuda a manter a sustentabilidade deste projeto e apoiar mais famílias pretas”, comenta.
Dados
Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), a população negra representa 72% dos desempregados no Brasil e, entre os empreendedores, as pessoas negras são as que mais sofreram com o fechamento dos comércios e os que mais tiveram acesso ao crédito negado. Além disso, a pesquisa do Data Favela, em parceria com o Instituto Locomotiva, e a CUFA apontou que 68% dos moradores de favela não têm dinheiro para comida e que o número de refeições por dia caíram de 2,4 em média para 1,9.
“Como comunidade, entendemos que cabe a nós cuidar de nós mesmos e parte disso é trabalhar cooperativamente para nos responsabilizar por fazer mudanças verdadeiras. É por isso que devemos nos empurrar um ao outro para ser o melhor que podemos e continuarmos a proporcionar oportunidades de mudança. Faça sua parte e apoie a comunidade“, finaliza Alan.
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