Morreu nesta sexta-feira (08), no Rio de Janeiro, o cantor e compositor Arlindo Cruz, aos 66 anos. A informação partiu da viúva do sambista, Babi Cruz. Ele estava internado no hospital Barra D’Or, na Zona Oeste do Rio.
Arlindo Cruz estava com a saúde debilitada e nos últimos dias recebia cuidados da equipe médica e da família. O artista sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em março de 2017, que levou a grandes sequelas.

“Com imenso pesar, a família e a equipe de Arlindo Cruz comunicam seu falecimento. Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho”, escreveu a “Família Cruz” nas redes sociais.
Com mais de mil músicas gravadas, Arlindinho, como era conhecido no meio musical, teve seu primeiro contato com a música através do pais, que tocavam pandeiro e cavaquinho, o último, inclusive, foi o primeiro instrumento que ganhou, aos 7 anos de idade.
Iniciou sua carreira musical oficialmente com o também sambista carioca, Antônio Candeia Filho, ainda na adolescência. No início dos anos 1980, Arlindo entrou para o grupo Fundo de Quintal, um dos mais premiados da história da música brasileira.
Ele também foi compositor de grandes sucessos do samba, que circulam nas rodas até os dias atuais. “O Show Tem que Continuar”, “Saudade Louca”, “Meu Lugar”, “O Que É o Amor”, entre outros marcaram a carreira do multiinstrumentista.
A escola de samba do coração de Arlindo Cruz, onde ele foi homenageado no Carnaval de 2023, e também fazia parte da Ala dos Compositores, lamentou a morte do integrante e referência de samba para a agremiação.
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“Arlindo Cruz é parte da alma do Império Serrano. Compositor genial, cantor de voz marcante e sambista de coração inteiro, ele escreveu páginas inesquecíveis da nossa história. Ao lado de grandes parceiros, Arlindo assinou obras-primas que ecoam nos corações imperianos até hoje, como o inesquecível ‘O Império do Divino’, de 2006. Ao todo, foram 12 sambas vitoriosos, com inúmeros prêmios”, escreveu a escola de Madureira.
O músico deixa a esposa, Babi Cruz, com quem mantinha uma união há mais de 26 anos, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz.